domingo, 29 de novembro de 2009

Quem empresta um manual à SATA?

A falta do manual de voo nocturno a bordo do cockpit dos aviões da SATA pode ter estado na origem do cancelamento da ligação aérea para o Pico no final do passado dia 19.

Esta possibilidade foi admitida esta semana a Ilha Maior por fonte aeronáutica. Segundo aquela fonte a pista e a iluminação estão certificadas há três anos, os pilotos já receberam formação para voos nocturnos e os manuais de voo nocturno foram aprovados há um ano.

Ou seja, desde há muito que estão criadas todas as condições para a operação nocturna.

A hipótese agora levantada vai ao encontro da posição do INAC transmitida esta semana à Antena 1 Açores. Num esclarecimento enviado à estação regional, aquela entidade afirmou que não há nenhuma razão que impeça a realização de voos nocturnos para o Pico: “O aeródromo do Pico reúne todas as condições para a operação nocturna”. (...)

Estas informações do INAC contrariam a posição da SATA tornada pública no passado dia 19, após ter sido desviado para a Horta o voo SP 652 entre o Pico e Ponta Delgada.

A referida ligação estava inicialmente agendada para as 16h10, mas quando os 50 passageiros já se encontravam no aeroporto, a SATA transmitiu um novo horário agendando a viagem para as 17h50.

Esta alteração, numa tarde sem quaisquer constrangimentos operacionais no Pico devido às condições atmosféricas, levantou de imediato algumas dúvidas entre os passageiros já habituados ao cancelamento quando se aproxima a hora do pôr-do-sol.

A suspeita iria ser confirmada pouco depois das 17h30, com a SATA a recusar efectuar a ligação inicialmente programada para o Pico, informando os passageiros que não podia viajar para o aeroporto da ilha após o final do dia, o que obrigou à transferência de toda a operação para o aeroporto da Horta.

Na altura o porta-voz da SATA, José Gamboa, ouvido pela Antena 1 Açores, justificou a mudança da rota afirmando que não estavam reunidas as condições atmosféricas para a concretização da ligação e que ainda não estão reunidas as condições para a realização dos voos nocturnos: “

Leia na íntegra esta notícia no Ilha Maior de 27 de Novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Quartel das Lajes do Pico e estrada longitudinal serão concretizados nesta legislatura

Foto retirada daqui

Na área da protecção civil o Plano Regional Anual para 2010 contempla a construção dos quartéis de bombeiros de Angra do Heroísmo e da Ribeira Grande, prevendo ainda obras de ampliação e/ou remodelação nos quartéis da Praia da Vitória, Santa Cruz das Flores e Calheta de S. Jorge.

Não sendo atribuído qualquer verba para o quartel das Lajes do Pico, Cláudio Lopes questionou o secretário para quando as obras no quartel das Lajes do Pico, estrada longitudinal e variante à Madalena.

No entender do deputado picoense o actual quartel dos bombeiros das Lajes do Pico “carece de espaços funcionais para viaturas e equipamentos e de novas camaratas, em particular para o corpo feminino de bombeiros”.

Em resposta, o José Contente informou que quer o quartel das Lajes do Pico, quer a estrada longitudinal serão concretizados nesta legislatura. Por outro lado disse que a variante à Madalena nunca foi falada e opinou que não é prioritária para a rede viária do Pico.
Notícia retirada daqui

sábado, 21 de novembro de 2009

Governo Regional admite que legislação está a congelar projectos de investimento turístico na Ilha do Pico

É inaceitável a discriminação negativa que é dada à Ilha do Pico

O Governo Regional vai suspender a limitação do numero de camas para a Ilha de São Miguel e vai criar as medidas cautelares no âmbito dessa suspensão.

Quanto ao Pico, apesar do reconhecimento Regional que o POTRAA está a congelar projectos de investimento turístico, só no concelho da Madalena são 143 camas, não é feita qualquer suspensão do limite imposto por aquele plano.

A afirmação foi de Jorge Rodrigues terça-feira em conferência de imprensa no salão nobre da Camara Municipal da Madalena.

O autarca acrescenta que por um lado, o “Governo Regional reconhece que a actual Legislação está a congelar projectos de investimento turístico na Ilha do Pico, mas, por outro lado, não altera a regra que cria esse constrangimento”, afirma mesmo que é “inaceitável a discriminação negativa que é dada à Ilha do Pico, aos empresários do sector do turismo e à dinâmica económica que o turismo pode e deve trazer à nossa Ilha”.

A terminar Jorge Rodrigues disse concordar com o que está a ser feito em São Miguel, quanto ao número de camas e instalações hoteleiras, mas isso “deveria ser estendido também ao Pico para que os empresários que querem investir no sector hoteleiro o possam fazer sem grandes constrangimentos”.

Deu como exemplo projectos que deram entrada na câmara e que há mais de nove meses não recebem qualquer resposta da direcção regional do Turismo.
Notícia retirada daqui

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Nova Geografia do Grupo Central, segundo os últimos Planos e Orçamentos

Se bem me lembro, para o Pico nunca nada foi fácil. Estar em presença de um Plano Anual no qual as obras do Pico estejam devidamente enquadradas e acompanhadas do respectivo suporte financeiro sempre foi coisa que raramente aconteceu.

Assim sendo, a obra da nova Escola das Lajes será uma realidade em 2010. A Escola da Ponta da Ilha, numa parceria com a Câmara Municipal, será uma realidade nesta legislatura.

Está a decorrer o concurso para o projecto do novo Centro de Saúde da Madalena cuja obra também será realidade nesta legislatura.

As obras da primeira fase do Porto da Madalena, cujo concurso está a decorrer, serão em breve realidade. Até ao final da legislatura, será definida a solução e elaborado o projecto de ordenamento do Porto de S. Roque e, estou convicto de que ainda seja possível lançar o concurso nesta legislatura até porque, como sabemos, a actual situação é insustentável.

Não é pois o Plano de 2010 o que mais me preocupa até porque, como é sabido, os compromissos assumidos pelo Presidente do Governo e do Partido Socialista serão, como sempre, cumpridos.
Pode ler integra este artigo de Lizuarte Machado aqui


Lamentavelmente, foi opinião generalizada dos Conselheiros (e na reunião estiveram 17), que este era apenas mais um Plano de continuidade, com as obras de sempre (que constam dos Planos de há alguns anos a esta parte), com dotações orçamentais que variam de ano para ano e que em alguns casos se tomam mesmo ridículas, já que não correspondem, minimamente, à execução real das mesmas. (...)

O tom dominante das intervenções feitas pelos vários Conselheiros, foi o de que era preocupante que em relação à Ilha do Pico, a 2ª maior em área e a 3ª ou 4ª em população, esta fosse tratada em 5° lugar, em matéria de investimento público. Esta situação acontece há pelo menos 5 anos. Logo, não é uma situação pontual nem conjuntural, é mesmo uma opção política deste Governo.

(...)o Novo Centro de Saúde da Madalena, o Porto Comercial do Pico, o Porto da Madalena, as Novas Escolas das Lajes e da Ponta da Ilha e o Aeroporto do Pico (colocar esta importante infra-estrutura ao verdadeiro serviço da Ilha, criando para esta gateway uma maior oferta de voos, nomeadamente nas ligações semanais e directas com Lisboa).

Estas sim, são obras verdadeiramente estruturantes para a nossa ilha e potenciadoras de um desenvolvimento económico e progresso social. O Governo tem, em relação a elas negligenciado deliberadamente.

Não fazendo mais do que gerir expectativas, o Governo tem vindo, sistematicamente, a inclui-las nos seus Planos anuais de investimento, mas esquecendo-se de as executar.
Cláudio Lopes in O Dever de 29 de Outubro de 2009

sábado, 14 de novembro de 2009

SATA deixa peixe no aeroporto do Pico

“Quando o peixe chegar ao continente já não vai ter a mesma qualidade e, por isso, vou ter de vendê-lo por um preço inferior ao que comprei. É prejuízo completo.”

Além de prejudicar os exportadores, também os pescadores estão a ser afectados, com o produto a ser vendido a preços inferiores ao seu valor real.

Os pescadores já começam, aliás, a fazer contas à vida e ameaçam vender o seu peixe no mercado faialense.

José António Fernandes, em declarações à Antena 1 Açores, lamentou a situação agora vivida pelos exportadores.
Segundo o presidente da Associação de Armadores da Pesca Artesanal da Ilha do Pico, os problemas de escoamento de pescado agora vividos precisam de ser analisados com ponderação em conjunto com o departamento governamental ligado ao sector das pescas.

“Esta é uma altura em que estamos com dificuldades acrescidas porque o estado do mar não nos deixa pescar e quando o conseguimos não podemos exportar o nosso peixe, o que dificulta ainda mais o sector”, afirmou José António Fernandes.

O presidente dos armadores acrescentou que é “impensável” que a SATA continue a deixar o peixe no aeroporto, sublinhando que o pescador é sempre o principal prejudicado:

“Quem fica prejudicado é sempre o pescador. O exportador se não conseguir vender o peixe vai ter prejuízo e vai salvaguardar os seus interesses tentando pagar menos nas próximas compras de pescado em lota.”

A SATA já assumiu as dificuldades em transportar o pescado reconhecendo a falta de disponibilidade para responder às necessidades dos exportadores na última semana.

José Gamboa, porta-voz da SATA, garantiu que até final da semana iriam tentar transportar esse pescado através do aeroporto da Terceira ou da Horta.

Leia esta notícia na íntegra no Ilha Maior de 13 de Novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Já temos queijo. Fica a faltar apenas a faca - isto já esteve mais longe...

Os queijos de S. Jorge e do Pico e o ananás cultivado em S. Miguel são três produtos tradicionais açorianos que constam da lista de produtos agro-alimentares de excelência, de acordo com o Atlas Mundial Qualigeo-Atlas.
A informação foi avançada pelo Diário de Notícias.

O Atlas Mundial Qualigeo-Atlas é uma publicação inteiramente vocacionada para os produtos agro-alimentares de qualidade.

De facto, Portugal ocupa o quarto lugar no ranking dos países, no que toca aos produtos gastronómicos tradicionais, sendo que o pódio é ocupado pela Itália, França e Espanha.

O atlas distingue produtos que sejam tradicionalmente confeccionados, o que é o caso dos queijos de S. Jorge e do Pico, produzidos a partir de leite de vaca não processado e do ananás cultivado nas estufas de vidro, em S. Miguel.

Entre os outros produtos portugueses distinguidos no Qualigeo-Atlas, contam-se os queijos da Serra da Estrela, de Serpa e de Nisa, o presunto de Barrancos, a chouriça de carne de Vinhais, as ameixas e azeitonas de conserva de Elvas, as amêndoas do Douro e a anona da Madeira.

sábado, 7 de novembro de 2009

Adivinha: É a 2ª em área, a 3ª em nº de eleitores e a 5ª em orçamento, qual é ilha, qual é ela?

Foto adaptada de

O Plano e Orçamento do Governo Regional para 2010 não será o primeiro, mas sim o sexto, consecutivo, no qual à segunda maior ilha em área, e terceira em número de eleitores, corresponderá apenas o quinto valor em termos de verbas orçamentais.

Perante este cenário, só nos apetece dizer que se o Governo Regional não quer ser lobo, então não lhe vista a pele.

Pois, como consequência, os picoenses não terão direito aos cuidados médicos que merecem.
Os alunos das Lajes continuarão a frequentar a pior escola secundária da região, em termos de instalações.

E claro, as obras estruturantes nos portos e aeroporto ficarão a marcar passo. Para não falar nos fundos que, a pretexto da coesão, não estimularão as nossas empresas.

Assim, sob a capa de gajo porreiro que é amigo cá da malta, César tudo faz para ser considerado o governante que mais penalizou o Pico na atribuição de fundos essenciais ao seu desenvolvimento.

Desde a época histórica dos todo-poderosos capitães donatários que não sofremos comparável ultraje.

Sim, porque se há dinheiro para a construção das megalómanas Portas do Mar, assim como para a multiplicação de cais de cruzeiros nas ilhas ex-capitais de distrito, como é que não há para as obras estruturantes do Pico?

Estará a haver desmando nas prioridades governativas?

O Conselho de Ilha do Pico, órgão plural, de diferentes orientações políticas, foi unânime em chumbar a ante proposta do Plano e Orçamento para 2010, apenas com uma abstenção.

Penso que além de dar parecer, seria útil que todos os nossos conselheiros sensibilizassem os picoenses, através de artigos de opinião na imprensa local, sobre quão grave é manutenção desta situação.

Pois ainda estamos a tempo de melhorar substancialmente esta proposta.
A não ser que consideremos ter como fado o agravamento do atraso em relação ao Faial e S. Jorge.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cooperação Institucional em S. Roque do Pico - todos ganhamos


O Governo Regional dos Açores deverá adjudicar durante o mês de Novembro o projecto de requalificação paisagística e urbanística do Museu da Indústria Baleeira de São Roque.


O projecto da autoria do arquitecto Rui Pinto já foi lançado a concurso público esperando-se que durante os próximos dias seja conhecido o nome da empresa que irá executar os trabalhos.

Notícia retirada daqui

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

No país dos agachadinhos



Portugal é um país sui generis. Os primatas que cá nascem andam de pé como o homo sapiens. Interiormente, contudo, quase todos vivem agachadinhos.

Basta sentirem que alguma coisa que digam ou façam os pode prejudicar na sua vidinha e zás: do peito dos bravos lusitanos salta logo o “homo agachadinhus” que trazem dentro deles.

Mas o pior de tudo é desagradar aos padrinhos.
Isso é que nunca! Jamais!
As consequências podem ser terríveis e muito duradouras.

Os sinais da má formação congénita são os seguintes:
quem devia falar, não fala;
quem devia escrever, não escreve;
quem devia opinar, não opina.
Quem devia demitir-se, não se demite.
Nem todos, contudo, sofrem do mal. (...)

In No país dos Agachadinhos de N Santos, Expresso de 31 de Outubro de 2009