domingo, 9 de outubro de 2011

Inauguração do Laboratório Regional de Enologia na Madalena e do Pavilhão na Secundária de S. Roque. Resíduos para as Lajes

Ficámos, hoje, então, com mais e melhor escola no Pico. Ainda ficaremos melhor com a conclusão da escola da Piedade e o arranque, a seguir, da Secundária das Lajes e de outros benefícios no parque escolar dos três concelhos. Vamos continuar a trabalhar. Vamos continuar a conseguir.

Parabéns a S. Roque. Obrigado.”


O porta voz do governo socialista anunciou, sem se rir, a construção da nova Escola Secundária das Lajes do Pico.

Como tinham anunciado, sem se rirem, outros porta vozes nos últimos quinze anos. Ou seriam dezasseis?

Isto de anunciarem, vai já para duas décadas, a construção de uma nova escola secundária, sem se rirem, pode ser apenas interpretação minha. Sim, porque há muitas formas e maneiras de rir. Há quem se ria para fora. Mas também há quem se ria para dentro.

O certo é que todas as crianças dadas à luz por altura do primeiro anúncio de construção da escola nunca a poderão frequentar. Talvez os seus filhos…

Estamos conscientes que há quem discorde da localização desta construção, é certo. Mas também há quem discorde da localização e valências da actual escola. Cabe a quem foi eleito para ter uma visão de futuro, e não de presente ou passado, decidir o melhor para o concelho.

Porque é de uma escola de concelho, como a Cardeal Costa Nunes ou a Secundária de S. Roque, que estamos a falar.

Entretanto, quando comparadas com as importantes obras anunciadas para a Madalena e S. Roque, ao Sul do Pico coube o Centro de Processamento e Valorização Orgânica de Resíduos da Ilha do Pico, já em curso.

Ora, depois de nos levarem o tribunal, os portos e as fábricas, sempre nos dão alguma coisa em troca. É justo…

E continuarão a dar-nos todos os dias. Resíduos.

Esperemos que não nos dêem nada que lhes faça falta.

E que estes resíduos, doados tanto pelo Cais como pela Madalena, não só sejam valorizados mas também valorizem o local que os recebe dignamente. Mais propriamente um parque florestal adjacente a S. João Pequenino.

Confesso que só após muito pesquisar na net encontrei o significado de um centro de valorização de resíduos.

Diz o Google que resíduos são todas as substâncias ou objectos de que o detentor pretende ou é obrigado a desfazer-se.

Ufff, fiquei mais descansado. Não será nada portanto que possa fazer grande falta à Madalena ou ao Cais.

Mas porque irão os resíduos parar logo a S. João Pequenino, tão grande é a ilha?

Ora, só após muita meditação conseguimos entender a complementaridade única destas duas valências.

Quem usufrui de um piquenique no parque florestal aperceber-se-á para sempre da outra dimensão do café com cheirinho.

E além disso, saberá sempre de que lado sopra vento.

Para não falar que os guias poderão levar os turistas a experimentar odores equivalentes aos dos cetáceos, quando estavam em cima da rampa à espera da desmancha, antes de os turistas seguirem para o museu dos baleeiros.

Enfim, valências que só os sábios tiveram o cuidado de as tão bem conjugarem.

Sobre a visita estatutária do governo ao Pico, resta-nos esperar, embora sem desesperar, que as intenções, com excepção da valorização dos resíduos já em curso, se concretizem em menos de quinze anos.

Ou será em menos de dezasseis?

3 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado! Os resíduos fixam no Concelho da Madalena...

Anónimo disse...

É verdade."Fixam" no Concelho da Madalena... mas já fora de portas! Nós, por cá, continuamos bem. Graças a Deus.

Anónimo disse...

Queira deus que a escola venha a ser para os nossos netos. Pelo andar da carruagem e para evitar cansaços, o melhor mesmo é esperarmos sentados...