terça-feira, 6 de maio de 2008

A saúde no Pico, segundo a participação cívica de J G Ávila

Há dias um jovem picoense sofreu um grave acidente de viação na Piedade. Foi transportado ao Centro de Saúde das Lajes, (a 20 Kms), que devido à incapacidade de meios o enviou de ambulância para a Madalena, (a 36 kms), afim de tomar a lancha para a Horta ( a cerca de 30 minutos). Aguardava-o uma ambulância que o levou ao Hospital daquela ilha. Após observação médica e face à gravidade do caso, o doente foi enviado de ambulância para o Aeroporto da Horta (10 kms) com destino a Ponta Delgada para dar entrada no Hospital do Divino Espírito Santo (pelo menos 60 minutos).Doentes em casos comprovadamente graves não deveriam ser de imediato transferidos da própria ilha, em transporte aéreo mais rápido a fim de ganhar-se tempo nos cuidados médicos urgentes em situações de risco de vida, como era o caso?
No Pico um doente dirigiu-se, há dias, a um centro de saúde, para ser observado devido a insuficiência cardíaca. O médico mandou-o para casa e alegou não haver na Horta cardiologista disponível. O paciente não melhorou, telefonou a um cardiologista do Hospital de Angra que o aconselhou a seguir para a Terceira. Lá foi, a expensas suas, e dada a gravidade da doença, foi enviado de urgência para Lisboa para intervenção cardíaca.

Dezenas e dezenas de pessoas residentes no Pico passam diariamente o Canal Pico-Faial para exames e consultas médicas no Hospital da Horta. Custeiam os transportes intra e inter ilhas, perdem horas a fio, dias de trabalho e, por vezes, não ficam despachadas no próprio dia.

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