quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Autárquicas 2009

A RTP/Açores e a Antena Um Açores estão a emitir debates com os candidatos às câmaras dos dezanove concelhos dos Açores.
No dia 1 de Outubro, às 17h00, na Antena 1, ocorrerá o debate sobre o concelho das Lajes do Pico.
Enquanto que no mesmo dia, 1 de outubro, após o telejornal, será a vez deste debate ter lugar na RTP-Açores.Até lá, deixo a transcrição parcial de uma entrevista no Ilha Maior.
"Ilha Maior: Quais as principais medidas que pretende implementar caso venha a ser eleito para a presidência do Município a que se candidata?

Roberto Silva: As novas medidas passam por uma nova liderança da Câmara Municipal, do Partido Socialista, e por uma nova equipa para servir os munícipes, criativa e inovadora, que potencie a melhoria da nossa qualidade de vida, que aposte na fixação das pessoas, em novas áreas habitacionais, e na criação de emprego, com a criação de uma bolsa de emprego jovem concelhia, apoiada por um site;

que apoie os agricultores, os pescadores, os professores, os empresários e todos os funcionários e agentes dos sectores de actividade económica, social e cultural;

que termine a asfaltagem da rede viária; que melhore a acção social junto de quem mais precisa; que compreenda e preserve o ambiente como um factor diferenciador na vivência da nossa comunidade; que promova a formação profissional, em especial a agrária, e também a formação musical nas nossas filarmónicas, que facilite, a todos, o acesso à leitura e às novas tecnologias da informação e comunicação, que potencie a melhoria das escolas e das infra-estruturas desportivas, que focalize a nossa oferta turística, numa lógica de Ilha, do Triângulo e da Região, no turismo ambiental e de mar, e na oferta dos nossos produtos tradicionais, fazendo uma clara aposta no reforço da oferta turística, no alojamento, na informação turística de qualidade, distribuída em todo o concelho, na gastronomia de qualidade,

nos eventos de qualidade, como a Feira Agrícola Açores, a realizar em 2011 no Matos Souto, no embelezamento e no cuidado do património construído, em especial o histórico, na qualificação dos espaços públicos, com a construção de novos parques, melhor iluminação e asseio públicos, uma equipa que agilize e simplifique os serviços municipais, com a criação do Município Digital e que aumente os apoios financeiros às Juntas de Freguesia, realizando, em última análise, um novo projecto de desenvolvimento concelhio, virado para a acção, em estreita ligação com todas as colectividades concelhias, Juntas de Freguesia e Governo Regional dos Açores.

Sara Santos: O espaço concedido para a resposta a estas questões é curto. Mesmo assim, direi que pretendo continuar a fazer bem o que está iniciado — e o que sempre falta fazer. O meu lema tem as pessoas como primeira e principal prioridade. A qualidade de vida de todos no Concelho das Lajes do Pico continuará a ser, pois, o meu grande objectivo.

O meu Programa será oportunamente divulgado e debatido. Para já, posso dizer-vos que as minhas principais medidas para continuar a fazer bem, integram-se nestas 10 principais áreas de trabalho:

» Captar investimentos (públicos e privados) em vários sectores, em especial na indústria turística, e criar mais emprego (sobretudo de jovens).» Defender e apoiar os sectores agro-pecuários e de pescas.» Garantir mais e melhores condições para o trabalho das Juntas de Freguesia.» Defender e apoiar as culturas tradicionais e reforçar a rede de equipamentos desportivos, sócio-culturais e de lazer.» Melhorar o apoio aos mais idosos e aos mais carenciados.» Melhorar as infra-estruturas do Concelho (em especial a rede viária, resíduos sólidos, água de consumo humano e outros equipamentos Municipais).» Concretizar uma política de educação e defesa ambientais.» Requalificar o parque escolar e apoiar a melhoria do sistema educativo.» Aprofundar a modernização da administração pública local.» Exigir maior participação e investimentos do Governo Regional.É isto que proponho a todos os lajenses: continuar a fazer do Concelho das Lajes do Pico uma terra cada vez mais próspera. "

In Ilha maior de 18 de Setembro de 2009

O debate de ideias está em curso. É um debate árduo, sem etiquetas desnecessárias, mas que será esclarecedor. Continuará com a elevação possível, uma vez que os opositores actuam como adversários, mas nunca como inimigos.

Com maior ou com menor dramatização, sufragar-se-á o modelo de desenvolvimento para o concelho nos próximos quatro anos.

E, à semelhança dos últimos trinta e cinco anos de democracia, o povo, sábia e soberanamente, decidirá.

Os temas que podem ser discutidos serão muitos. Além dos acima mencionados, presentemente ocorre-me: Golf, teatro municipal, saneamento básico, recuperação de centros históricos, piscina (municipal ou integrada na nova escola)...

Alguém lembra-se de mais?

domingo, 27 de setembro de 2009

Legislativas 2009

Foto de João Ávila

O PSD venceu no Pico. Os laranjas alcançaram 42,8% dos votos, sendo seguidos pelo Partido Socialista, que obteve 39,5%.
Em seguida ficou o CDS/PP, com 7,22%, enquanto o Bloco de Esquerda foi a quarta força mais votada.
Notícia retirada daqui

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O (mau) capitalismo - S. Sanches


O PS, o PSD e o CDS são os partidos do poder: os que estão comprometidos com as derrapagens das obras públicas e falcatruas avulsas que se arrastam pelos tribunais.

Ao Bloco de Esquerda cabe denunciar estes desmandos.

Não é difícil.

Francisco Louçã não tem que se esforçar muito para denunciar as tranquibérnias da república: basta servir de porta-voz ao Tribunal de Contas.

Um ponto nodal, porque as derrapagens das obras são apenas a face mais obscenamente visível daquele feroz rent seeking perfeitamente legal ou ilegalíssimo que caracteriza o capitalismo português e que tem conduzido a crescimentos do produto à volta de 1% (apesar das transferências comunitárias).

Um mau capitalismo, em suma, para usar a distinção de Baumol entre os bons e os maus capitalismos.

O nosso é dos maus e não há fundos comunitários que lhe valham.

Os maus capitalismos geram os votos de protesto e nos casos extremos produzem os Chávez. Com aquela gente que frequentava o governo na Venezuela, com a sua lógica pré-capitalista do saque de fundos públicos como forma única, normal e possível de enriquecer não há petróleo que baste.(...)

O Bloco não é Chávez, felizmente, e há décadas que em Portugal ninguém acredita que os militares possam salvar a pátria ou servir para qualquer coisa.

Mas para o Bloco o mau capitalismo é um pleonasmo: o capitalismo é tóxico e por isso a EDP deve ser renacionalizada para que, com os seus lucros, os imposto possam ser reduzidos.

Noutros termos: o Bloco não quer ir para o poder e quer esconjurar qualquer tentação demoníaca.

O Bloco não pode ir para o poder porque nacionalizar a EDP com indemnização a preços de mercado era demasiado caro.

Para a nacionalizar sem indemnização era necessário mudar a constituição (a la Chávez) e deixar a União Europeia: o Tribunal das Comunidades ia considerar uma nacionalização sem indemnização como um confisco contrário ao Direito Comunitário, num acórdão que não precisava de ter mais de duas ou três páginas.

A conclusão é que o Bloco é, quer continuar a ser, um puro voto de protesto, para quem não se revê na ideologia arqueológica do PCP.

Um voto de protesto que sintetiza as escolhas impossíveis: de um lado o Freeport do outro o BPN.

Logo, a corrupção não pode ser discutida e por isso não entra no debate político. São outros os temas da campanha eleitoral.
Depois, espantem-se com a dimensão do voto de protesto.
Leia este texto na íntegra aqui

domingo, 20 de setembro de 2009

Vamos morrer todos de Gripe A, ou então de outra coisa...

Não há outra volta a dar-lhe, ou morremos todos de gripe A, ou então de outra qualquer maleita. Ninguém é eterno.
Mas, atendendo a que o H1N1 provoca na maioria das pessoas uma infecção benigna, resta ao menos o consolo da possibilidade de morrer de coisa boa.

Não deixa de ser curioso que, com as medidas tomadas este ano, os alunos não terão falta de sabão para lavarem as mãos nas escolas, pela primeira vez .
E até há quem se sinta mais tranquilo, pois, caso fique com gripe, não infectará mais ninguém, uma vez que os médicos obrigam todos os infectados a se curarem antes de irem para o seu local de trabalho. Não deveria ser sempre assim?

Ou ainda por esta gripe ser tratada com um anti-viral de última geração, enquanto que a gripe sazonal continua a ser tratada com simples paracetamol, apesar de apresentar um quadro clínico mais severo.
Enfim, tanto exagero só poderá servir para confirmar a máxima de que cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Sobretudo em ano de eleições.

Contudo, assim que os ânimos serenarem, será bom que todos (incluindo médicos e mass media) reflictam na melhor estratégia de enfrentar os novos surtos infecciosos, pois, o pior que nos pode acontecer será passar a associar as futuras pandemias à fábula de Pedro e o Lobo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A magia do Pico - fotos de João Ávila e Antelmo Santos

Foto de Antelmo Santos (A partir de gravação vídeo)
Foto de João Ávila
Foto de João ÁvilaFoto de João Ávila
Foto de João Ávila
Foto de João Ávila
Foto de João Ávila

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ilha Maior

Foto de Ricardo Ferreira
Foto de Ricardo Ferreira

É sempre um prazer regressar ao Pico. Rever amigos, avivar as recordações da infância, dos aromas a pinheiro do mistério, dos figos e uvas, assim como do sabor a mar com a omnipresente montanha ao fundo.

A antiga escola primária, onde aprendi as primeiras letras, a escola secundária, a Filarmónica onde jogava king e dominó, a Lagoa de Cima onde aprendi a nadar e a velejar, as esplanadas, o antigo campo de futebol onde passei horas a fio a jogar, a biblioteca pública onde li os primeiros livros, enfim, enfim, uma torrente de recordações irrompe e inunda-me a alma.

Sempre que posso, aproveito para visitar novos espaços, entretanto criados. O ano passado encantei-me com a antiga fábrica da baleia, o castelo de Santa Catarina e a piscina das Ribeiras.

Desta vez experimentei o whale watching, o museu do vinho (em obras em pleno mês de Agosto?) e, inesperadamente, um passeio á vela num bote baleeiro.

Não se consegue saltar para uma destas embarcações sem que as memórias ancestrais de um passado difícil, mas aventuroso nos assaltem o âmago.
Começa logo no arriar do bote pela histórica rampa da Lagoa, como tantas vezes ocorreu no sec XX.
Prolonga-se na passagem pelo Caneiro, Carreira e continua pela baía fora.

Os estalidos das cordas de sisal, os rangidos da madeira de pinho, ou a brisa que força os panos, impelindo a embarcação, deixam qualquer um extasiado.
Só vos posso dizer que é uma sensação única, plena de emoções e aconselho todos os que gostam de mar a experimentar.

PS 1- Fiquei muito honrado por me terem deixado vir ao leme na viagem de regresso.
PS 2- O experimentado velejador Medina jaz no seu habitual local, à direita do bote, estendido na toalha de banho, em plena rampa - 2ª foto.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Candidatos do PS à Madalena lançam projecto para o museu do canal

Os candidatos do PS á Câmara Municipal da Madalena, apresentaram terça-feira á comunicação social, o projecto do museu do canal no estaleiro naval da Madalena.

Hernâni Jorge informou que o partido socialista na Câmara Municipal da Madalena desenvolverá um projecto de interesse comum, em parceria com o governo regional assente em várias linhas de actuação, como a recuperação da lancha Calheta, Espalamaca, Santo António do Monte e Adamastor.

Faz parte também a construção de um edifício na Avenida Machado Serpa (no espaço a nascente das casas de apresto da Madalena) incluindo um pavilhão para albergar as referidas 4 embarcações e financiamento da recuperação do barco picaroto para apoios às actividades desportivas e de formação do clube naval da Madalena.

A terminar disse ser intenção, embora ainda sem contactos com os proprietários, adquirir ou dispor de alguma forma a colecção de uísque de João Quaresma, enriquecendo o património museológico e homenageando aquela figura do canal.

Notícia retirada daqui.

sábado, 5 de setembro de 2009

Socorro, vem aí mais coesão

Em 1866 a Ilha do Pico tinta 26.977 habitantes; em 1960 a população havia descido para 21.837. Presentemente não ultrapassa os 14.850 viventes.
O Plano Estratégico para a Coesão dos Açores, que permitirá discriminar positivamente as ilhas mais pequenas, avançará antes do final de 2009, anunciou o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Sérgio Ávila.

Segundo o JD, “trata-se de mais uma ferramenta estratégica e operacional que vai permitir introduzir mais-valias que discriminem ainda mais positivamente as ilhas de menor dimensão, identificando, apoiando e incentivando o desenvolvimento de novos segmentos de actividade económica”.

Só pode haver equívoco quando se inclui as ilhas pequenas neste grupo. Pois, ou Sérgio Ávila não conhece a real dimensão das nossas ilhas, o que é grave. Ou então pretende incluir o Faial e excluir S. Jorge da Nova Coesão, o que não faz sentido.

De facto, S. Jorge apresenta 245,8 Km2 de área e está na Coesão, enquanto que uma ilha pequena, como o Faial (173,1 Km2), de dimensão semelhante às Flores (141,7 Km2), não se encontra neste grupo.

Mas, o que o Sérgio realmente pretende, suspeitamos, é inventar uma qualquer desculpa para manter a Ilha Maior fora desta combinação.
E assim, se as ilhas do triângulo não rimam nesta inovadora definição, então talvez encostem...

O caricato desta divisão é que só algumas ilhas (S. Miguel, Terceira e Faial) beneficiam de avultados investimentos, tais como: infraestuturas rodoviárias, hospitais, Portas do Mar, requalificação e reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta, Terminal de Cruzeiros no Porto de Pipas, ligações aéreas para além do território nacional, etc, etc...

Enquanto o que sobra é investido na Coesão, de que é exemplo o campo de golfe de Santa Maria, uma infra-estrutura que representa um investimento de 15 milhões de euros, Hotel da Graciosa (7 milhões de euros) ou Hotel das Flores (5,5 milhões de euros).

Daqui resulta que o Pico fica a ver navios, chegando mesmo a receber, pelo quinto ano consecutivo, pasme-se, um orçamento regional inferior à ilha de S. Jorge!

Assim, não é de estranhar que, em pleno século XXI, ainda faltem, caminhos de penetração, escolas, melhores ligações com o exterior e um Centro de Saúde de ilha, entre outros.

E que a nossa ilha seja a única em que os doentes e cadáveres atravessam o mar por entre grupos de turistas e restantes passageiros, em condições nada dignas, próprias do terceiro mundo.

Não temos o mesmo direito das outras ilhas para a concretização das obras estruturantes, há muito prometidas?
Por que raio o governo não constrói o campo de golf do Pico, há semelhança do que faz em Santa Maria?

Bem sei que a coesão serve para desenvolver as ilhas pequenas, e que estas bem precisam.
E que as ilhas das ex capitais precisam de muito dinheiro, para poderem continuar a ser grandes.

Mas, se continuarem a nos excluírem de ambos os grupos, muito em breve se terá de alterar a geografia do arquipélago, não na área de cada uma ilha, mas, possivelmente, no número de ilhas povoadas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

César visita obras do Caminho do Vitorino, na ilha do Pico

Clique na foto para ampliar

O presidente do Governo dos Açores visitou ontem as obras em curso no Caminho do Vitorino, um caminho rural situado numa das mais importantes zonas de produção leiteira da ilha do Pico que vai ligar o Cabeço do Geraldo ao Cabeço do Meio, na extensão de cerca de 7 kms.

Acompanhado do presidente da Junta de Freguesia das Lajes, Roberto Silva, do presidente da Associação de Jovens Agricultores Picoenses, Pedro Miguel, e de cerca de uma dezena de lavradores daquela área, Carlos César teve a oportunidade de verificar o estado avançado das obras, pese a complexidade imposta pela orografia local.

Com uma faixa de rodagem de seis metros, a nova via desenrola-se a uma altitude situada entre os 300 e os 470 metros e obriga à construção de várias pontes, já que atravessa linhas de água existentes na zona.

O Caminho do Vitorino, que, se as condições climatéricas o permitirem, deverá ficar concluído dentro de dezoito meses, poderá beneficiar directamente cerca de 80 empresários agrícolas numa área de 120 hectares e, indirectamente, outros 210 agricultores daquela área, o que levou o presidente da Junta de Freguesia das Lajes do Pico e os lavradores que acompanharam a visita do presidente do Governo a salientarem a sua grande importância para a economia da ilha.

Carlos César manifestou a sua satisfação pelo bom andamento da obra, que representa um investimento de cerca de 960 mil euros.

Notícia retirada daqui