quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mercado de transferências ao rubro com as possíveis contratações de Joana A. Dias e Ibrahimovic

Francisco Louçã acusou José Sócrates de assediar os seus jogadores. Segundo Louçã, a atleta Joana Amaral Dias terá sido aliciada para jogar a titular num cargo de Estado, caso deseje assinar contrato.

Na verdade, após a saída de Alegre, Sócrates precisa de reforçar o plantel com um avançado que possa entrosar a ala esquerda, se quiser recuperar a mística perdida no último embate.

Na nossa opinião, Sócrates tem privilegiado em demasia o jogo pelo miolo do terreno, derivando apenas para o flanco direito.

Assim, a Joana poderá ser o rosto que simboliza a necessária limpeza de balneário. Mas para isso, espera-se que tenha cultura táctica, dê o litro nas triangulações, não abuse das trivelas e, sobretudo, evite os carrinhos dos defesas adversários.

Para gáudio da massa associativa, uma jogadora deste calibre poderá muito bem resolver um jogo, nem que seja com um bom bico do meio da rua.
Espera-se, contudo, que se a atleta não quiser suar a camisola dentro do rectângulo, alguém lhe grite categoricamente “já para o chuveiro”.

Quem não se conforma com estes rodriguinhos é o Louçã, que já ameaçou fazer queixa à Federação e terá mesmo comentado que não vão fazer com o Bloco o mesmo que o Benfica fez com o Braga, no caso Jesus.

Por cá as transferências, embora mais numerosas, são menos mediáticas, uma vez que envolvem apenas jogadores regionais.

À semelhança do treinador Octávio, com o seu célebre “vocês sabem do que eu estou a falar”, cada equipa municipal terá de fazer as contratações possíveis, uma vez que não pode pagar com cargos de Estado, embora se arranje sempre umas outras quaisquer coisinhas.

domingo, 26 de julho de 2009

Que fazes tu minha terra

Foto retirada daqui
Que fazes tu minha terra
Sentadinha à beira mar
Embrenhada em mistério
Com esse teu ar tão sério
De quem está sempre a sonhar

Que fazes tu minha terra
Estendida à beira mar
Com esse teu corpo moreno
De quem se está sempre a banhar
Com os pés sempre na água
Sempre banhados de espuma
Entre mistérios e bruma
Como quem está sempre a sonhar

Que fazes tu minha terra
Sentadinha à beira mar
Aos pés desta linda montanha
De uma beleza tão pura
Que traz o vento à cintura
A chuva e o sol no olhar
Que fazes tu minha terra
Debruçada sobre o mar

Estou para aqui a cismar
Penso e medito
Neste lugar tão bonito
Cheio de beleza e de paz
Neste paraíso mistério
Emoldurado em mistérios
Entre a montanha e o mar

Que fazes tu minha terra
Sentadinha à beira mar
Estou para aqui a pensar
Neste meu paraíso mistério
Emoldurado em mistérios
Entre a montanha e o mar
Neste meu berço de mar
Com os, pés sempre na água
Sempre banhados de espuma
Entre mistérios e bruma
Como quem está sempre a sonhar

Conceição Maciel

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uma casa portuguesa, com certeza



O Estatuto Político-Administrativo dos Açores previa que a bandeira dos Açores fosse içada em todos os edifícios públicos, incluindo os edifícios militares da Região.

Tal facto foi ignorado pelos chefes militares da região, originando a denominada “guerra das bandeiras”.

Tomar parte neste diferendo é para alguns um dever patriótico, especialmente após o palácio da Conceição se ter colorido de azul.
Por isso, para ser mais convincente, há quem tenha optado por içar o próprio edifício em vez de uma mera bandeira.

O Tribunal Constitucional que se cuide...

sábado, 18 de julho de 2009

Singularidades do índio macaronésio

Nunca bajulámos ninguém e, talvez por isso, sempre fomos mal queridos.(...)
Quantos tachos se criaram e quantos jeitos se deram a pessoas que nos olhavam com sobranceria e, que depois, com nova roupagem, continuaram a olhar-nos, mas, desta vez, com desrespeito, utilizando um cínico sorriso?
Falar verdade custa!? De S. M. Em o Dever de 2 de Julho de 2009


Existe, muito para além das ilhas da Polinésia, mais precisamente ao dobro da distância destes nossos antípodas, uma tribo exótica e fascinante.
Esta tribo de índios macaronésios, muito procurada por antropólogos de todo o mundo para os seus estudos, está a perder séculos de cultura e tradições, devido à influência do homem branco do norte da Europa.

Neste nefasto processo de aculturação, alguns nativos parecem estar a abandonar as suas ocupações ancestrais, tais como o cultivo da terra e a pesca e, mais grave ainda, os seus valores genuínos.

Há quem diga que os atributos de humildade, honestidade, franqueza e sabedoria, que outrora distinguiam os verdadeiros índios macaronésios, já não são tão evidentes nos dias de hoje.

Uma das causas apontadas é o consumo desenfreado de séries televisivas que chegam ininterruptamente a esta longínqua tribo do fim do mundo.
Ou do princípio do mundo, se preferirem, uma vez que a Terra é redonda e quem muito se afasta do seu cantinho, acaba por dar a grande volta e deparar-se com o seu umbigo.

Assim, uma minoria de macaronésios - não a maioria, entenda-se - tende a reproduzir os papéis egocêntricos dos herois/vilões da tv. Estas personagens de outras culturas raramente olham a meios para atingir fins.
Verticalizam-se, então, as relações sociais, através da bajulação de quem se necessita e da dispensa dos outros, com um “podes ir p’ró c.... que eu não preciso de ti.”
Outra particularidade deste fenómeno recente pode ser entendida através de uma partida que o novo índio gosta de pregar ao incauto visitante, na qual faz de distraído enquanto o visitante passa, para depois, quando este vai longe, bradar que já não é cumprimentado.

Ou então nos trejeitos, momices e outras pantominices que o novo índio gosta de fazer nas costas dos seus emigrantes, a quem estranhamente chama de insectos arrolados pelo calor da estação.
Se os visados se apercebem, logo disfarça num qualquer outro gesto de ocasião.

Também culpa os veraneantes por alguma tempestade ou sismo que entretanto ocorra.
Não é que estes indígenas acreditem nisto, ou que não gostem de ser visitados, mas pensa-se que poderá ser a sua maneira de estabelecer comunicação. Quem sabe?

Esperemos contudo, que estes comportamentos desajustados que são evidenciados por uma minoria, repito, uma minoria de índios macaronésios, não se alastre à restante população.

Porque, embora os visitantes possam ser de uma tribo diferente da dos visitados, não deixam de ser, contudo, membros da única tribo HUMANA.

Que mais não seja porque, quem quer ter o turismo como fonte de rendimento e tem uma centelha de inteligência, trata os seus semelhantes educadamente.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Terá Pacheco Pereira razão???


No actual estado de degradação das estruturas partidárias, os partidos são verdadeiras escolas de tráfico de influência.

Sucedem-se os casos de polícia envolvendo personalidades que se tornaram conhecidas por via da política, em particular nos dois grandes partidos, PS e PSD, e num mais pequeno, o CDS.
O PCP e o BE parecem até agora à margem dos casos com maior escândalo público. (...)

No actual estado de degradação das estruturas partidárias, em que a militância desinteressada e a adesão político-ideológica é quase irrelevante em relação à carreira aparelhística, os partidos no seu interior são verdadeiras escolas de tráfico de influência, de práticas pouco democráticas como os sindicatos de voto, de caciquismo, de fraudes eleitorais, de corrupção.

É duro de se dizer, mas é verdade e nessa verdade paga o justo pelo pecador.(...)

Tudo isto ainda na faixa dos vinte, trinta anos. O grosso da sua actividade tem a ver com um contínuo entre o poder no partido e o poder na câmara municipal, ou no governo, um alimentando o outro. Com a ascensão na carreira, tornou-se ele próprio um chefe de tribo.

Pode empregar, fazer favores, patrocinar negócios, e inicia-se quase sempre aqui no financiamento partidário e no perigoso jogo de influências que ele move.

Como dirigente partidário ele é o chefe de um grupo que dele depende e que o apoia ou ataca em função dos resultados que tiver, em apoios, prebendas, lugares, empregos, oportunidades de negócios.

Começa a enriquecer, a mudar o seu trem de vida. Já há muito que se habituou a ter carro, telemóvel, almoços pagos ou na função ou pela estrutura do partido que lhe dá um cartão de crédito para "trabalho político".

Paga do seu bolso muito pouca coisa e conhece todas as formas de viver gratuitamente.


Excerto retirado daqui

sábado, 11 de julho de 2009

O Ronaldo dos outros e os nossos ronaldos


Não entendo a causa de tanto alarido sobre o montante da transferência de Cristiano Ronaldo, pois trata-se de uma verdadeira pechincha.

Que o diga Florentino Perez, presidente do Real Madrid, que depois das experiências Beckham (37,5 milhões de Euros), Zidane (73,5 milhões de Euros) e Kaká (65 milhões de euros) não hesitou um segundo em investir 100 milhões no madeirense.

Ao contrário de Cristiano, os nossos ronaldos, esses sim, custam uma fortuna. Sim, por estes nem o milionário Perez ousa ter caprichos.

Nem sequer poderia, porque o Banco Santander não lhe emprestaria 100 cêntimos, quanto mais 100 milhões de euros, para a contratar os ronaldos que nos chegam todos os anos do continente, do Brasil e dos PALOPs.

Assim, escandalosos são os resultados financeiros dos nossos clubes, não os do Real.

Tão escandalosos que dois clubes picoenses necessitam ser auxiliados pela sua Câmara em um milhão e oitocentos mil euros.

Não obstante a construção de complexos desportivos e apoios à construção de sedes (e recompra mesmo de uma destas), pela mesma edilidade.

Além disso, esta situação obscena acentua a concorrência desleal entre clubes do Pico, uma vez que para ter todos os clubes em situação de igualdade, as Câmaras de Lajes e S. Roque teriam de subsidiar os seus clubes no mesmo montante. Em resultado, entrar-se-ia numa escalada demagógico-financeira com consequências bem previsíveis.

E que mensagem é transmitida aos atletas picoenses de outras modalidades? Que só o futebol interessa? Que devem solicitar os mesmos apoios?
E às filarmónicas, tunas, folclore, teatro, grupos corais, cinema, bandas de rock? Que deixaram de representar a nossa cultura, pois o desporto passou a deter a capacidade exclusiva de educar a nossa população?

Não seria preferível as edilidades utilizarem estes montantes no apoio à fixação de jovens, emprego e formação profissional, habitação degradada, terceira idade, preservação do nosso património, auxílio às nossas colectividades, etc, etc...?

Não sei, mas suspeito, contudo, que quando comparado aos nossos ronaldos, o Cristiano saiu ao preço da chuva.

E que talvez não fosse má ideia haver bom senso e ponderação no concurso de promessas eleitorais que sempre é necessário fazer.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Bons exemplos (8)

O projecto de recuperação da antiga fábrica da baleia SIBIL, cujas fotos pode ver aqui, e o Centro Interpretativo da Paisagem da Vinha, fotos que se seguem, foram distinguidos como dois dos 10 projectos de arquitectura 2006-2008 nas ilhas (Açores e Madeira) pela edição “Habitar Portugal 2006-2008”.

Aos picoenses e a todos os envolvidos nestes projectos, os nossos parabéns.







Prémio Lemniscata


O Basalto Negro foi distinguido com o Prémio Lemniscata pelo Escrita em Dia da autoria de J. Gabriel Ávila, um jornalista açoriano de referência. Como habitual, vamos salientar outros blogs.

Desta vez gostaríamos de realçar blogs de várias ilhas, assim como da diáspora, que se destacam na defesa das suas terras e assim contribuem para um desenvolvimento mais justo de todos os Açores.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Procuram-se soluções crediveis para o transporte marítimo: contribuição de L Machado

O relançamento, pelos governos socialistas, do transporte marítimo de passageiros e viaturas inter-ilhas, depois de mais de vinte anos de interregno, foi um acontecimento de grande sucesso que acrescentou à Região a dimensão que o transporte aéreo por si só não lhe dá.

Apenas na fase experimental, com um só navio, as coisas correram bem. Porém, aparentemente, daí não terá sido tirada, infelizmente, nenhuma ilação e, como diz o povo, o que nasce torto tarde ou nunca se endireita.
O erro, disse-o publicamente na altura, assentou basicamente na implementação de um serviço sem um estudo prévio do mercado e das suas potencialidades e, consequentemente, no desconhecimento total da estrutura logística a afectar ao mesmo.

A ignorância nunca é boa conselheira. Avisos não faltaram.

Como mais vale tarde do que nunca e, estando o processo da construção dos novos navios a decorrer com os incidentes que são publicamente conhecidos, ou seja, com um já recusado e outro, aparentemente, em vias disso, espera-se e deseja-se que, mau grado o dinheiro perdido, ao menos o tempo o não seja.

Bom senso e, já agora, alguma competência, que até agora não se viu, são o que se pede e se exige.
Embora correndo o risco de ser brindado com os mimos habituais, porque conheço o mercado e me atrevo a ter pensamento próprio, o que entendo ser virtude e não defeito, penso que, o modelo a implementar não suporta nem sustenta, nunca racionalmente suportou, dois ferries de médio porte.(...)

Em qualquer circunstância, terá que se ter como objectivo que as receitas decorrentes da exploração dos navios afectos ao serviço cubram, na totalidade, os respectivos custos.
A Região necessita, para as ligações inter-grupos, de um, apenas um, ferry de médio porte – 95 a 105 metros e velocidade entre os 23 e 25 nós – com duas classes distintas e camarotes por forma a dar resposta, em simultâneo, à procura turística e à procura, pura, de transporte e de um serviço/horários que correspondam às necessidades globais regionais, com continuidade e segurança e ao qual não se aplique o conceito de day-ferry. (...)

O Expresso do Triângulo cancela, em plena época alta, as ligações com a Terceira e reduz as ligações entre São Jorge, Pico e Faial devido à licença de navegação ter caducado???,
Foto e informação via Política Dura

(...)Para o Grupo Central, é necessário um ferry mais pequeno – cerca de 50 metros e velocidade superior a 20 nós. Este pequeno ferry não só faria as ligações ao ferry do inter-grupos como faria, todo o ano, muitas outras ligações, indispensáveis, intra-grupo e diariamente no triângulo, escalando também os portos da Madalena e da Calheta de S. Jorge”.

Importa ainda ter abertura de espírito suficiente para encarar a possibilidade de serem pensados novos conceitos navais – outra tipologia de navios – e, não esquecendo a urgência da abordagem às soluções para o Grupo Oriental e para o canal Faial/Pico, ainda assumir que os meios actualmente afectos ao Grupo Ocidental, embora alguns recentes, também aí não conseguem dar resposta satisfatória.

Pode ser grave errar mas muito mais grave é não admitir o erro insistindo nele sem ser capaz de, com soluções, continuar em frente.
Leia o texto na ìntegra aqui