sábado, 28 de março de 2009

Piscina das Ribeiras (continuação)

Foto de Rui Gaspar
Foto retirada daqui

Foto retirada daqui
Foto retirada daqui

Depois de ter publicado o último post, chegaram-me à caixa de correio algumas fotos da Piscina das Ribeiras. Não consegui resistir à sua partilha na blogosfera, tal é a beleza cromática evidenciada.
Se não conhecesse o local, dificilmente acreditaria que estava no Pico, ou mesmo nos Açores, uma vez que nem sempre se resiste à tentação da improvisação, com consequências estéticas pouco recomendáveis, nas mais variadas obras públicas da nossa vasta orla marítima.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Bons exemplos (6) Piscina das Ribeiras - Pico


Foto retirada daqui
Foto retirada daqui
A piscina de Santa Cruz é um espaço de lazer bastante aprazível.
Situada à beira-mar, beneficia dos cómodos das piscinas cobertas sem ter os inconvenientes dos espaços exíguos, assim como da irritabilidade e odor do cloro, uma vez que é alimentada pela pura água salgada.

Além do banhista usufruir da relaxante terapia da água do mar, regularmente renovada, poderá ficar também ciente da sua contribuição para a conservação de um recurso cada vez mais escasso nas nossas ilhas e no nosso planeta - a água doce.
Penso mesmo que, dada a proximidade das nossas freguesias ao mar, a maioria das piscinas particulares e comunitárias deveria ser alimentada por água marítima.

Um aspecto que, contudo, poderá ser melhorado prende-se com a substituição da tinta anti-derrapante do espaço circundante, que pareceu-me não ser muito eficaz.

sábado, 21 de março de 2009

Plano do G. R. para 2009 - Opinião de Ermelindo Ávila

É incompreensível o que está a passar-se com a ilha do Pico.
Primeiro foi a exclusão do grupo das chamadas "Ilhas de Coesão".

Depois é a quase inexistência de empreendimentos no Plano e no Orçamento Regional para o presente ano.
Para quem quiser conhecê-los eles estão na respectiva página da Internet.
Lendo esses documentos oficiais, pasma-se com a estranha atitude dos órgãos governativos.
E não se explica a razão.
No entanto, há ilhas notoriamente beneficiadas.
E igualmente "lugares ou zonas especiais".(...)

Foto retirada da net
Se bem soubemos ler, na zona das Lajes apenas estão consignadas verbas para escolas. (Talvez, melhor dito, para os projectos e aquisição dos terrenos. Estaremos enganados?)

E as obras prioritárias: A continuação da defesa da Vila?
Já algum técnico superior reparou no molhe construído e na deslocação dos blocos?

A instalação dos Serviços Sociais, com a restauração da casa que a Câmara adquiriu há anos e cedeu à Região para esse fim? Ou espera-se pela "concentração" que acaba de anunciar-se?
No meio da Vila, ou seja, no Centro Histórico do primeiro núcleo habitacional da Ilha é uma vergonha o que ali se passa.

O arcaboiço está a ruir e só isso não se vê porque uma vegetação selvagem se assenhoreou de todo o espaço em ruínas.(...)

E a "casa do Estado", como é conhecida, construída provisoriamente para arrumo das ferramentas utilizadas na muralha de Defesa, há cerca de setenta anos e que continua sem um arranjo decente, ali, na zona do Museu, uma das mais frequentadas por estranhos, apesar de lá estarem instalados serviços regionais...

Foto retirada daqui
E a casa de apetrechos marítimos? Não é construída junto ao porto das Lajes, que também é classificado "porto de pesca"?
E a casa da Lota?

Destruíram a que existia, mandada construir pela Câmara Municipal. Tornou-se necessário proceder à demolição, para que as obras junto da muralha de defesa pudessem realizar-se. E ninguém contestou.
Mas não foi substituída. Antes, colocaram um contentor (!) junto do antigo campo de jogos, para a venda de pescado.(...)

Não fica por aqui o rol de carências desta vila e seu concelho. E até da ilha.

Mas por outras bandas há personalidades credenciadas que estão alcandoradas em posição de saberem defender suas testadas...

Está na Assembleia Regional para discussão e aprovação, o Plano e Orçamento da Região para o corrente ano, ou melhor, para os três últimos trimestres do ano...

Qual vai ser a posição dos Senhores Deputados eleitos pelo Circulo Eleitoral da Ilha do Pico? Melhor: Que poderão fazer? Aguardamos...

In Jornal O Dever de 19 de Março (texto com supressões)

Notas sobre o Plano do G. R. para 2009


Pelo 4° ano consecutivo, a ilha do Pico fica em 5º lugar em matéria de investimento público regional.
Em 2009, o Governo Regional prevê investir 761 milhões de euros em toda a Região, destinando ao Pico apenas 50 milhões, ou seja, (6,5%) do valor global.(...)

O Pico, a segunda maior ilha em dimensão geográfica e a quarta em população, para alem de ser penalizado no montante do investimento público regional que lhe é destinado, continua prejudicado também pelo facto de não pertencer às denominadas ilhas da coesão, ou seja, continua a não poder usufruir de um conjunto, cada vez mais vasto, de oportunidades e de facilidades que são postas à disposição das ilhas da coesão.(...)

O partido socialista tem vindo, de forma sistemática, de ano para ano e de legislatura em legislatura, a iludir os picoenses com promessas, que são importantes e estratégicas para a ilha, sem que as concretize, efectivamente.

As obras vão rolando de plano para plano e as verbas de cada ano vão sendo igualmente transferidas de ano para ano, por vezes aumentando, outras vezes diminuindo, mas sem que em cada ano mereçam qualquer execução orçamental.(...)

A própria promessa de Carlos César em que o Novo Centro de Saúde a construir na Madalena inclua uma maternidade é uma promessa que muito expectativa também criou nos picoenses. Veremos se, nesta matéria, Carlos César não tenha também enganado os picoenses, brincando com os seus mais nobres sentimentos e ambições.
Não é honesto nem sério, se isso acontecer.(...)

Este plano de investimentos em relação á nossa ilha é, de novo, escasso em acções e muito deficitário nas verbas que estão alocadas a essas mesmas acções. Por isso afirmamos que este plano e para a nossa ilha, apresenta-se com: "Pouca Parra e muito pouca Uva" !!!

In Jornal O Dever de 19 de Março de 2009 (texto com supressões)

terça-feira, 17 de março de 2009

A magia do Pico vista por Daniel de Sá

Meu Deus, o Pico!...
É uma paixão esta montanha que é uma ilha, esta ilha que é uma montanha.Os vulcões construíram uma larga plataforma de que restam pouco mais de 433 Km2, e empilharam no meio dela, a um ritmo de dez metros por milénio, rochas sobre rochas até atingirem uma altitude de 2351, a maior de Portugal.
A montanha é o cenário de um espectáculo quotidiano de vertiginosos jogo de luz e sombra, de nuvens que a rodeiam como auréolas, que se detêm sobre o seu cume ou que a escondem totalmente.
No Inverno, essas sessões diárias são ainda mais requintadas, quando a neve assume o papel principal. E, muito antes dos boletins meteorológicos científicos, já as gentes do Pico liam na aparência da montanha a previsão do tempo.
Povoar esta ilha, que é a mais recente do arquipélago, foi uma aventura e um risco como em nenhuma outra.
Foto retirada daqui
O solo cultivável tem características mais de invenção que de descoberta. Os muros que dividem e protegem os terrenos agrícolas libertaram de incontáveis pedras o chão necessário.
E, como não foi possível equilibrá-las todas em linhas ordenadas, muitas foram amontoadas, formando pequenas colinas, os “maroiços”, para ocuparem menos espaço. (Se fossem postas em linha recta no equador, seriam suficientes para dar duas voltas à Terra.)
O resultado é uma paisagem arrebatadora, tão selvagem quanto civilizada, mas capaz de produzir o melhor vinho destas ilhas, de vinhas plantadas em cada buraco entre as pedras onde caiba uma cepa, o que fizeram pela primeira vez os frades franciscanos em 1493.
A fruta e o queijo do Pico são também dos melhores, e a ilha, excepto em anos de calamidade, sempre deu para alimentar os seus habitantes, que já foram o dobro dos actuais menos de quinze mil, a quem ainda sobrava muito para vender no Faial.
Foto retirada daqui
Além disso, há o mar, aquele mar dos destemidos baleeiros e de inestimável abundância, que até fornece para vários usos a sua água, filtrada pelas rochas quando a maré sobe e ela enche os “poços de maré”.
Foto retirada da net
Aquele mar tão esplêndido quando é visto do miradoiro da Terra Alta, um despenhadeiro vertical de quatrocentos e quinze metros, a melhor varanda para ver São Jorge no outro lado do canal. Porque, como se não bastasse ao Pico ser o Pico, ele goza ainda da visão tão próxima daquela ilha e do Faial. Mas é também ele mesmo a mais grandiosa paisagem de que desfrutam ambas.
Daniel de Sá, in "Açores", edição Everest
Com um abraço de reconhecimento e amizade. Daniel
Terça-feira, Março 17, 2009 3:16:00 AM.
Retirado daqui


É sempre um prazer ler Daniel de Sá. O Basalto Negro, por várias vezes, já teve o privilégio de o citar, quer através do blog Aspirina B ou pelo Azores digital.
Desta vez, foi feita uma pequena provocação, por intermédio do blog A ilha dentro de mim, a qual foi prontamente aceite, demonstrando assim que, Daniel de Sá, além da cordialidade que habitualmente o caracteriza, continua a demonstrar uma contagiante boa disposição.

domingo, 15 de março de 2009

A posição do PP - Pico sobre as prioridades de investimento para 2009

Foto retirada daqui

Ilhas do Triângulo:

Faial - 51.873.915 euros
São Jorge - 49.187.413 euros
Pico - 44.153.705 euros


A Comissão Política da Ilha do Pico do CDS-PP manifestou-se, esta quinta-feira, profundamente indignada e revoltada pela forma como o Governo Regional do PS volta a tratar os Picoenses depois de ganhar as Eleições.

Em causa, segundo Manuel Eleutério Serpa, estão os valores do investimento público previstos pelo executivo para este ano no Plano e Orçamento Regionais, tendo em vista a ilha Montanha.

Antes da ida às urnas, os socialistas prometeram novos portos, ampliação dos existentes, melhores condições para as pescas, novos centros de saúde, maternidades, barcos-ambulância…

Mas depois de ganharem as eleições, mais uma vez se constata que muitos dos compromissos assumidos pelos executivos socialistas para esta ilha ou são esquecidos ou, pura e simplesmente, deixaram de ser compromissos.
Concretamente, Manuel Serpa pergunta:

Para onde foram os 800 mil euros que desapareceram do ano passado para este ano, tendo em vista a construção do novo Centro de Saúde da Madalena?
Portas do Mar - Foto retirada daqui

Em 2008, para as obras do novo Centro de Saúde estavam orçamentados um milhão de euros, mas agora, após o PS ter ganho as eleições, só aparecem 200 mil euros no Plano de 2009 para esta obra.

Afinal, o novo Centro de Saúde da Madalena vai ou não arrancar?
E terá, ou não, a anunciada maternidade de que nunca mais se ouviu falar? E os terrenos já estão comprados?
E onde pára o barco ambulância para o transporte de doentes entre as ilhas do Faial e do Pico?

Onde se encontram as verbas para as obras de requalificação e ampliação do Porto da Madalena?
Onde se encontram as verbas para as obras de ampliação e requalificação do Porto Comercial de São Roque?
Onde se encontram as verbas para o projecto da zona de pescas do porto de São Roque?
Onde estão as casas de aprestos (prometidas há mais de 12 anos) para os portos das Lajes, São Roque e Madalena?
Onde estão os investimentos previstos para que a lavoura da nossa ilha deixe de sentir problemas de falta de água nos meses mais críticos?
Os Açores dispõe do maior Plano e Orçamento de sempre, mas, mais uma vez, o Pico fica para trás nas prioridades governativas.
Uma vez que deixaram-nos de fora das Ilhas da Coesão e agora colocam-nos no quinto lugar das prioridades de investimento.
Adaptação livre desta notícia

segunda-feira, 9 de março de 2009

Despedida de Inverno?





É me impossível dissociar os helicópteros da música dos Pink Floyd, ou do filme Apocalipse Now, de Coppola.
Já desde pequeno tinha aprendido a respeitar os helicópteros, nas suas dramáticas evacuações de doentes pelo Pico, pois eles pousavam frequentemente à minha frente, no antigo campo de futebol das Lajes.
Recordo também o seu ruído estridente e o seu estranho bailado.
Antes de pousar, o sopro das suas pás transportava-me imaginariamente desta improvisada pista, até uma latitude saariana, tal era a tempestade de areia levantada.
Até os sacos de plástico abandonados, subitamente enlouqueciam e projectavam-se no ar, rodopiando sem parar, num espalhafatoso bater de asas, parecendo ter como único propósito, a denúncia desta minha irrazoável viagem introspectiva.
Talvez devido a estes episódios, os helis hipnotizaram-me para sempre, deixando, até hoje, um misto de temor e sedução.

*Estas fotos, tiradas a 22 de fevereiro de 2009, foram gentilmente cedidas pela professora Goreti Batista.

sábado, 7 de março de 2009

Gostava de ter escrito isto


É inexplicável e inaceitável que os pilotos da SATA, afectos às ligações inter-ilhas, ainda não estejam certificados para efectuar voos nocturnos para o Pico e que os pilotos da SATA – Internacional não estejam certificados para voar para o Pico, quer em voos nocturnos quer diurnos, e que o porta voz desta empresa pública regional, que só existe com o dinheiro dos nossos impostos, afirme que tal não se justifica.

Aliás, episódio recente e caricato sucedeu quando a TAP ao programar, e bem, voos extraordinários para o Pico durante o período da Páscoa se viu confrontada com uma resposta da SATA informando que tal não era possível pela impossibilidade de operar dois voos em simultâneo. Mas então " senhores" da SATA, para que foi o investimento? Será que os "senhores" não têm vergonha de ter sido necessária a intervenção directa do Governo Regional para que tal se resolvesse? Sinceramente, não merecemos nem queremos esta SATA.

Merecemos e queremos uma empresa aérea regional que responda, com razoabilidade e em tempo útil, às solicitações imprescindíveis ao nosso desenvolvimento. E, já agora, que tal implementar horários inter-ilhas que sirvam todos os açorianos e não apenas alguns?

Extraído daqui

quinta-feira, 5 de março de 2009

Fajã do Calhau

"Tem projecto a obra?
- Alegadamente não.

Cumpre com os parâmetros mínimos de segurança e estabilidade?
- Não se sabe, até porque não foram feitos estudos, bastando para a sua execução a fé no "know how" dos serviços.

Foi aberto concurso público para a sua execução ?
- Presume-se que não!

Qual o custo de tal malfeitoria?
- Não se faz a "mínima ideia" para citar o dono da obra, mas apesar do Director Regional ter confessado não ter sequer um vislumbre do cômputo geral, estima-se que a "parte bruta" da empreitada, em meados de 2008, rondava os 800.000 euros!"
Extraído daqui
O Basalto Negro associa-se à campanha “Dia F” impulsionada pelo blog Fiat Lux * Carpe Diem.
Associamo-nos a esta iniciativa, não por mera solidariedade blogística, mas sim por acharmos que a descaracterização do que temos de melhor, a natureza, a pretexto da promoção desta mesma natureza, não passa, afinal, de uma severa contribuição para a morte da nossa galinha de ovos de oiro.

Sem fundamentalismos, desejamos, portanto, que os nossos projectos de promoção turística se integrem na paisagem natural, com o mínimo impacte ambiental, o que não é manifestamente o caso. É tempo de avaliar todos os danos gerados, assim como na melhor maneira de repará-los.
E, sobretudo, desejamos que a Fajã do Calhau sirva de meditação relativamente às alterações já efectuadas, ou ainda a efectuar, em muitas zonas costeiras do nosso arquipélago.

domingo, 1 de março de 2009

Será que é desta que temos campo de golfe no Pico?

Segundo o Ilha Maior, a Assembleia Municipal de Lajes do Pico, aprovou, no passado dia 20 de Fevereiro, a alienação dos terrenos municipais para o empreendimento turístico do campo de golfe do Pico, a ser construído pela empresa açoriana VerdeGolf.

Recorde-se que estes terrenos tinham sido cedidos há vários anos à PicoGolf para construção do campo de golfe, o qual nunca chegou a ser concretizado.

Com uma área total de 100 hectares, a VerdeGolf vai adquirir os terrenos a 0,60 cêntimos por metro quadrado.

Ficou estipulado, que no acto da assinatura do contrato, a VerdeGolf comprometer-se-á a entregar 20 por cento do valor.
A partir de 2010 a empresa irá pagar os restantes 80 por cento por quatro prestações anuais até 2013.

Os deputados municipais também aprovaram a proposta de contrato com a empresa municipal Culturpico para a execução do Passeio Marítimo. Esta obra passa, assim, para a responsabilidade da empresa municipal, estando prevista a sua construção durante o corrente ano.