sábado, 29 de janeiro de 2011

Centro de Artes e Ciências do Mar comemorou terceiro aniversário com tertúlia

O Centro de Artes e Ciências do Mar, antiga Fábrica da Baleia SIBIL, comemorou ontem à noite o seu terceiro aniversário após obras de remodelação.
A efeméride contou com representantes das várias Fábricas da Baleia dos Açores, que divulgaram a situação actual de casa uma delas.

O principal objectivo, segundo a organização, foi criar um espaço informal de tertúlia e partilha de experiências. Sandra Catarina Ferreira, do conselho de administração da Culturpico, faz um balanço positivo da actividade do último ano.

Quanto a actividades para o próximo a administradora pretende manter e ou melhorar a qualidade do espaço.A Rádio Pico, falou também com antigos baleeiros e trabalhadores da SIBIL. A recuperação daquele espaço é visto pelos mesmos com muito agrado. Acrescentam mesmo que é uma forma de lembrar e recordar o passado.

Emanuel Pereira / Radio Pico

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OLHAR

Vem comigo ver,
as algas a crescer
nas poças da maré baixa,
e cheirar a maresia
que enche o ar de fantasia.
Vem comigo ouvir,
o murmúrio das ondas a fugir,
depois de lamberem com volúpia
a areia fina e negra da praia,
que ali fica enlanguescida.
Vem comigo olhar,
o peixe-rei a nadar
riscando as águas tranquilas,
de amarelos e azuis intensos
de escamas, que parecem vidrilhos.
Vem comigo encher,
o teu espírito na Ilha
de basalto negro erguida,
qual sentinela vigilante
do mar, que a guarda amante.
M.M
In Ilha Maior de 7 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Parque de combustiveis do aeroporto do Pico será inaugurado em Novembro de 2010

“O aeroporto do Pico é hoje uma infra-estrutura moderna e capacitada para o desenvolvimento da ilha”.
A afirmação foi dada por Carlos César, presidente do Governo Regional dos Açores, na inauguração do Armazém de Material de Placa do Aeroporto da ilha Montanha.

Quanto a outras estruturas importantes para esta gateway, informou que “ o armazém de carga ficará concluído em Outubro”, o ILS foi adquirido e “será instalado logo que a obra do terreno se complete”.

Já no parque dos combustíveis, contratempos de ordem técnica e administrativa impediram a realização.

Mas Novembro é o mês apontado para a conclusão.

Carlos César comunicou por fim, estar "em fase de finalização o processo de revisão das Obrigações de Serviço Público, de forma a permitir que, no âmbito das tarifas promocionais, quer para residentes e estudantes, quer na operação regular destinada a não residentes, possam ser praticadas preços de passagens inferiores a 100 euros".

Emanuel Pereira/Rádio Pico

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Bandeira Azul

A falta de nadadores-salvadores e a impossibilidade das zonas balneares mais pequenas gerarem os recursos financeiros necessários ao cumprimento das regras internacionais tem sido nalgumas ilhas um obstáculo ao aumento do número de candidaturas à Bandeira Azul.

A ideia foi expressa pelo Director Regional dos Assuntos do Mar que adiantou que a situação está a alterar-se, já que as entidades gestoras “perceberam que se tiverem a Bandeira Azul acabam por ganhar mais-valias financeiras” que lhes permitem suportar aqueles custos.

Actualmente, a Bandeira Azul está hasteada em cinco marinas e em 25 praias e zonas balneares de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Faial, mas o Director Regional tem expectativas de que o galardão, em 2011, possa estender-se a outras ilhas, incluindo o Pico.

Para o Director Regional, esta relação, que se mantém desde 1999, tem estimulado um crescimento constante do número de galardões atribuídos e certificação dos serviços ambientais e sociais das águas balneares da Região.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Município das Lajes aposta num novo ciclo de desenvolvimento

O executivo municipal, depois de acertar as contas com os credores, beneficiando do empréstimo bancário para o saneamento financeiro, vai apostar em 2011 em duas áreas “relevantes para a qualidade de vida das pessoas”, nomeadamente na conclusão da rede de abastecimento de água e na melhoria da rede viária.

No âmbito da melhoria das acessibilidades terrestres, a Câmara pretende construir novos arruamentos nas Lajes (Biscoitos), Piedade (Matos Souto) e Ribeiras (caminho da Rocha) e avançar com a terceira fase da asfaltagem dos caminhos municipais em todas as freguesias do concelho.

(...) A maior fatia do Orçamento está reservada para o sector da Educação. O executivo inscreveu no Orçamento mais de três milhões de euros para dar continuidade à construção da nova escola da Ponta da Ilha.
Além disso, propõe concluir a beneficiação da escola do pré-escolar e 1º ciclo de São João e elaborar os planos de pormenor da Fonte e dos Biscoitos, tendo em vista a construção da nova escola secundária do concelho.

Das verbas inscritas no Orçamento destacam-se ainda 960 mil euros para a construção do pavilhão das Ribeiras, bem como 500 mil euros para as juntas de freguesia no âmbito da delegação de competências, 500 mil euros para a Culturpico e 195 mil euros para apoiar as instituições concelhias.

Nos planos da autarquia estão também a requalificação da frente marítima da vila, com a construção da zona balnear da Maré, do parque da Baleia, de um campo polidesportivo aberto, de um jardim e de uma zona de espectáculos.

Este projecto inclui igualmente a requalificação da Praça do Museu dos Baleeiros, onde ficará instalado o novo posto de turismo e um snackbar; o Centro de Interpretação da Cultura Baleeira na casa dos botes e zona balnear adjacente, a reconversão do Forte de Santa Catarina em bar/pub e a construção do passeio marítimo.

No turismo a Câmara pretende criar condições para a construção de um hotel nas instalações do antigo matadouro. Segundo o presidente do Município a falta de um hotel é uma lacuna, que “tem de ser colmatada para receber os turistas que visitam o concelho”.

Prosseguir com a revisão do Plano Director Municipal, concluir o Plano de Pormenor da Vila, elaborar e dar início ao projecto de construção de um canil em cooperação com o Município de São Roque e relocalizar o parque industrial no Mistério da Silveira são outros projectos inseridos no programa de investimentos da autarquia.

A edilidade promete também proceder à reformulação dos regulamentos de apoio à habitação degradada e das bolsas de estudo, bem como manter os apoios às diversas colectividades do concelho e juntas de freguesias.

Em 2011 o executivo vai apostar igualmente na implementação do município digital e na modernização administrativa dos serviços municipais, requalificar alguns espaços do edifício dos Paços do Concelho, tendo em vista a instalação de um salão nobre e do serviço de atendimento ao munícipe.

Participar no processo de abastecimento de água à lavoura e na construção de caminhos rurais, ampliar o cemitério da Piedade e preparar o projecto de ampliação do cemitério das Lajes são outras das propostas do Município, que tem quase seis milhões de euros disponíveis de fundos comunitários para ajudar a resolver os problemas de base.

Extraído da edição de Ilha Maior de 17 de Dezembro de 2010

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Todos somos baleeiros...



«...Todos somos baleeiros
Tanto os que vão balear
Como os que, ficam em terra
De olhos pregados no mar...»

Dias de Melo

domingo, 9 de janeiro de 2011

Sem ligações diretas ao continente será dificil estimular o turismo do Pico

Roberto Soares deixou no final do ano a delegação da secretaria regional da Economia, 15 anos depois de ter assumido o cargo.
Na hora da saída, Roberto Soares faz um balanço positivo ao trabalho desenvolvido e olha com esperança para o futuro.
O ex-delegado da secretaria da Economia acredita na dinâmica empresarial da ilha, mas aponta o turismo como a principal alavanca para projetar o desenvolvimento da ilha do Pico.


Em que sentido deve ser dinamizado o setor e o que falta para que a ilha se assuma como um destino turístico de referência?
Essencialmente a porta e saída de entrada. Sem ligações diretas ao continente será difícil estimular o turismo do Pico. Com o tempo vamos chegar lá. Pode demorar algum tempo e esta crise surge num contexto que não é favorável, mas acredito que o Pico vai ter a dimensão turística que merece. O Governo criou as estruturas que são importantes paragarantir um bom futuro. Se não as tivéssemos seria mais difícil.
O reforço de número de voos é fundamental para o crescimento do setor?
O crescimento do número de voos é imprescindível. A maioria dos estudantes sai e entra pela Horta não sendo uma mais-valia para a nossa ilha. As duas ilhas deviam trabalhar em sintonia e não separadas.
Está na altura de termos, no mínimo, dois voos para o Pico.
Qual a perspetiva enquanto cidadão sobre o investimento realizado no aeroporto do Pico?
Foi uma mais-valia.
Acompanhei este investimento e sempre o considerei de muito importante. O então secretário da Economia, Duarte Ponte, teve uma visão de futuro. Não podemos pensar só no presente. O aeroporto poderá neste momento não ser rentável, mas a porta está aberta para que no futuro possa progredir. Futuramente irão perceber que foi um investimento que valeu a pena. Tenho pena que não tenha existido a mesma perspetiva para o Porto Comercial. Tentou-se minimizar os problemas daquela estrutura, mas continua atrofiada.
É uma obra essencial para o crescimento económico, mas a sua localização poderá criar, sempre, alguns problemas ao seu crescimento. O governo talvez não tenha avançado mais rapidamente na melhoria daquela estrutura porque as dificuldades naquele local são enormes.
Considera que o aeroporto é mais um elefante branco?
Não de modo algum.
Concorda com a posição de que será necessário continuar a aguardar por um aumento da procura para só depois aumentar o número de voos?
Não concordo com essa afirmação. Neste momento já está na altura de se mostrar estatísticas para provar que o Pico merece mais voos e não seria difícil fazê-las. Bastava contabilizar os passageiros do Pico que saem pela Horta, por necessidade, e verificar que, se houvesse mais um voo, eles sairiam pelo Pico. O secretário da Economia, Vasco Cordeiro, está totalmente empenhado para que se aumente o número de voos e se não o faz é porque não tem condições. Confio que a curto prazo esse objetivo será alcançado. A ilha já tem necessidade de receber mais um voo semanal. Como conclusão agradeço a todos aqueles que ao longo destes anos privaram da minha companhia. Sem eles não seria possível realizar o trabalho que realizei. Muito obrigado a todos.

Extracto da entrevista a Roberto Soares da edição de Ilha Maior de 7 de Janeiro de 2011