quarta-feira, 29 de abril de 2009

A canonização do beato Nuno, o contestável

Ocorreu recentemente a canonização de D. Nuno, a qual foi aclamada, pasme-se, por gentes de todos os partidos, para além dos partidários de D. João.

Nunca houvera tão unânime aclamação, feita por gentes tão diferentes, oriundas das mais diversas famílias e quadrantes.
O que só demonstra a autenticidade do santo. Pois só aos santos que são santos, diz o povo, é concedido tão grande milagre.

Uns terão dado o seu apoio por convicção, enquanto que outros, certamente, pela sua condição de súbditos.
E ainda outros poderão tê-lo feito com o intuito de derrubar uma qualquer Leonor Teles circunstancial, ou mesmo uma desafortunada Beatriz que, embora sem culpa, está mais à mão.

Mas tende cuidado, ó hereges, não glorifiquem em demasia o agora santo.
Lembrem-se que D. Nuno ainda vive, que mais não seja no espírito de todos os seus fiéis, e ainda há-de empunhar a espada para travar a batalha derradeira.

Por isso, será melhor que cada congregação, nas suas manobras, exalte apenas o seu padroeiro, pois não vá o agora santo tornar-se um imparável milagreiro e converter todo o reino a eito.

domingo, 26 de abril de 2009

Parabéns Ribeirense

Foto retirada daqui
A equipa feminina do Ribeirense ganhou hoje a Taça de Portugal de Voleibol, batendo o Gueifães. A equipa do Pico venceu por 3-1.
O jogo disputou-se esta manhã no Pavilhão Multiusos de Baião.
Foi a segunda vez que o Ribeirense, que disputa a divisão A1 do Voleibol feminino português, disputou uma final da Taça de Portugal.

Notícia retirada daqui, via Fiat Lux.

SATA desrespeita estatuto do aeroporto do Pico ser alternativo

Jaime Jorge, deputado eleito pela ilha do Pico, denunciou que a “ilha do Pico não tem merecido atenção por parte do Governo Regional”.~

Falando sobre os transportes aéreos, denunciou que a SATA “continua a desrespeitar” o estatuto de aeroporto “alternativo” ao da Horta, sempre que os voos com destino a este último não possam realizar-se.

O parlamentar salientou que “só a TAP” tem respeitado essa decisão, “enquanto a SATA, empresa regional, parece ter feito ouvidos de mercador”.

A este propósito, Jaime Jorge classificou como uma “falácia” a dita falta de certificação dos pilotos da SATA Internacional para operar no aeroporto do Pico, questionando que “Quem melhor que os pilotos da SATA conhece a pista do aeroporto Pico?”

O deputado picaroto lamentou, também, o facto de existir um voo semanal entre a ilha e Lisboa, o que se tem traduzido em baixas taxas de ocupação.
Defendeu que “é necessário primeiro aumentar a oferta para potenciar a sua procura”.

Cláudio Lopes, deputado picaroto do PSD, reconheceu que os melhoramentos no aeroporto do Pico foram “uma obra emblemática”. “O governo fez a estrutura mas não atingiu os objectivos”concluiu.
Artur Lima, do CDS-PP, pronunciou-se afirmando que o “Pico está prejudicado nas acessibilidades porque não há uma politica de transportes aéreos”.

“Chamaram gateway ao aeroporto enquanto deveriam ter apelidado de windoway porque é uma janela de oportunidades de saída e nunca uma porta”firmou.
Acrescentou que “se não houver mudanças na política aérea o Pico nunca passará de uma janela”.

Lizuarte Machado, do PS, defendeu que, quanto ao aeroporto, quer ver a Sata “mais envolvida neste processo” e defendeu o aumento de voos para o Pico.









Também para reforçar o debate, Hernâni Jorge afirmou que o “Pico tem o seu espaço de desenvolvimento” e que os “empresários têm dado provas desse desenvolvimento”. Terminou dizendo que vão continuar sempre a “reivindicar mais e melhores investimentos e apoios” para a ilha montanha.
Texto adaptado de Rádio Pico

terça-feira, 21 de abril de 2009

Parlamento Europeu

Foto adaptada daqui
Duarte de Freitas encontrava-se referenciado com um dos deputados portugueses do Parlamento Europeu mais produtivos.
Então por que foi preterido?
Pelas cotas, sem dúvida.
Mas também porque se encontra arredado dos lobbies nacionais do PSD, enquanto que as estruturas regionais demonstram ainda um incipiente poder reivindicativo.
O PS saberá bem preencher esta lacuna.
E podemos levá-lo a mal?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A SATA, o GR, o Catelo e o seu cão

Ainda não entendi a trapalhada da certificação dos pilotos da SATA para efectuarem voos nocturnos para o Pico. Alguém já entendeu?

O aeroporto está devidamente certificado para este efeito pelo INAC desde 2 de Abril de 2007. Mas a SATA já leva 2 anos, volto a repetir, 2 anos, a elaborar meros procedimentos internos.

Á primeira vista, a SATA tem má vontade em fazê-lo. Mas como, se o Governo Regional que a tutela foi o responsável pela colocação das referidas luzes na pista do Pico?

Há aqui uma nítida falha de comunicação, para não dizer incompetência, dos intervenientes com prejuízo para os passageiros que utilizam esta infra-estrutura. Com prejuízo também dos contribuintes, por o dinheiro dos seus impostos não ser eficazmente gerido.

Mas estas falhas de comunicação (não vamos mais usar aqui os termos trapalhadas e incompetência) não ficam por aqui.

Após o presidente do Governo Regional, Carlos César, anunciar a complementaridade entre os aeroportos do Pico e da Horta, permitindo uma optimização operacional destas infra-estruturas, a porta voz da SATA internacional, Natalie Blétière, vem dizer que esta directiva está posta de lado. Mas, afinal, em que ficamos?

Para entender este imbróglio, ocorreu-me então a história do cão do sr Catelo.
Conta-se que um nosso conterrâneo, com intuito de divertir os amigos, treinou um cão para fugir sempre que o chamava. Quem via o cão seguindo obedientemente o seu dono, estava longe de suspeitar que este se poria a milhas, quando o Catelo o chamasse bem alto. O resultado deste acto era a gargalhada geral.

Aparentemente é o que acontece entre o GR e a SATA. Sempre que este anuncia melhores condições operacionais para a pista do Pico, a SATA reage, e por vezes nem reage, num reflexo pavloviano, ao contrário do que lhe é, supostamente, ordenado.

Claro que já li que a SATA internacional já está certificada para voar para o Pico. E que também já dispõem dos procedimentos para voar à noite para esta ilha.
Contudo, enquanto não ocorrer o primeiro voo nestas condições, ficar-me-á sempre a dúvida se não estaremos perante uma nova versão do cão do Catelo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Subsídios para um orçamento mais justo

Foto adaptada daqui
O princípio, mais que justo, da afectação de recursos do orçamento regional segundo a necessidade de cada ilha, e não pela sua área ou população, parece não se aplicar ao Pico.

De facto, perante as carências evidenciadas na ilha, os factores área e população tornam-se dispensáveis na reivindicação de uma distribuição mais justa do orçamento, podendo estes apenas servir para sublinhar a pertinência da instância.

Estar consecutivamente, cinco anos, em quinto lugar no montante atribuído a cada ilha, é manifestamente intolerável e inaceitável, mesmo tendo em conta a habitual pacatez dos homens do Pico.

Será que todo o investimento efectuado, nas nossas parceiras primo-divisionárias, é prioritário?

A título de exemplo, vejamos um caso, poderia citar outros, relatado pela própria imprensa micaelense, acerca do último grande investimento nesta ilha:

"Bastava-nos um cais de cruzeiros e o aumento da marina mas, como é regra na imbecilidade das políticas económicas que pretendem "deixar marcas" de "décadas de oiro", lá vai também mais um "centro comercial", mais uns "espaços" ditos multiusos, mais betão (...)"Estevão Gago da Câmara no Açoriano Oriental."

(...) Já escrevi, propus e reafirmo a minha concordância com um cais de acostagem para paquetes, mas rejeito, como cidadão contribuinte, essa volumetria escandalosa, a guardar fruto da megalomania."Jorge do Nascimento Cabral, no Correio dos Açores."

(...) acho que devia ter havido mais moderação, mesmo sabendo-se que estamos em ano eleitoral. A situação mundial da economia aconselha prudência a todos os níveis. "Argolas no Argoladas

É certo que os Açores dispõem do maior orçamento de sempre.
Mas não deveria haver sensatez e equilíbrio na sua aplicação?

É que os mais reputados economistas afirmam que se deve combater a crise, usando o investimento público na antecipação de obras necessárias, como por exemplo em escolas e hospitais.

Assim, avançar com a construção do Centro de Saúde do Pico e da Escola Secundária de Lajes do Pico, conforme o planeado, estaria de acordo com estes princípios.

Pois, incentivar a economia através da supressão das carências das populações é o que se espera de um governo competente.

Mas, se se pretende insistir na atribuição de verbas para estas apenas constarem no plano e não merecerem qualquer execução orçamental, apesar de constarmos em quinto lugar, será caso para dizermos basta.

Basta de obediências servis e pouco consentâneas com os tempos que correm.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Plano para 2009

Estou absolutamente consciente das dificuldades próprias do ambiente macroeconómico que estamos a viver e dos seus reflexos na economia regional, tema que aliás abordei algumas vezes ao longo dos últimos anos.

Tenho, temos todos os que cá vivemos, a certeza que o Pico não está imune a essa crise e de que, sem investimento público estruturante e um forte apoio à iniciativa privada, não nos é, infelizmente, possível seguir em frente.

Lembro, contudo, que se a crise é verdade para as restantes ilhas do Arquipélago, como o demonstram alguns documentos oficiais, também é verdade para o Pico e que por isso aguardamos, legitimamente, pela concretização de mais e melhor investimento, ao qual aliás temos direito.

Extraído daqui

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Debate do plano para 2009

Intervindo no debate, Jaime Jorge, deputado picaroto do PSD, questionou o Governo Regional para saber se na distribuição dos montantes tiveram em critério a área e população das ilhas.

Esclarecendo, Sérgio Ávila informou que a ilha do Pico tem no próximo ano um aumento de investimento de cerca de 16% o que é superior à media da região. Criticou também, a pergunta de Jaime Jorge dizendo que a afectação de recursos são feitos onde são necessários e não pela área e pela população de cada ilha.

Não ficando convencido, Jaime Jorge questionou novamente Sérgio Ávila, perguntando como se explica que o governo esteja satisfeito com o aumento do orçamento para o Pico, quando o Concelho de Ilha, na sua maioria, está contra o plano e orçamento, bem como o Pico estar há cinco anos em quinto lugar nos planos e orçamentos regionais?

De referir que esta pergunta feita pelo deputado picaroto não teve qualquer tipo de resposta por parte do Governo Regional.
Retirado daqui