quinta-feira, 16 de abril de 2009

A SATA, o GR, o Catelo e o seu cão

Ainda não entendi a trapalhada da certificação dos pilotos da SATA para efectuarem voos nocturnos para o Pico. Alguém já entendeu?

O aeroporto está devidamente certificado para este efeito pelo INAC desde 2 de Abril de 2007. Mas a SATA já leva 2 anos, volto a repetir, 2 anos, a elaborar meros procedimentos internos.

Á primeira vista, a SATA tem má vontade em fazê-lo. Mas como, se o Governo Regional que a tutela foi o responsável pela colocação das referidas luzes na pista do Pico?

Há aqui uma nítida falha de comunicação, para não dizer incompetência, dos intervenientes com prejuízo para os passageiros que utilizam esta infra-estrutura. Com prejuízo também dos contribuintes, por o dinheiro dos seus impostos não ser eficazmente gerido.

Mas estas falhas de comunicação (não vamos mais usar aqui os termos trapalhadas e incompetência) não ficam por aqui.

Após o presidente do Governo Regional, Carlos César, anunciar a complementaridade entre os aeroportos do Pico e da Horta, permitindo uma optimização operacional destas infra-estruturas, a porta voz da SATA internacional, Natalie Blétière, vem dizer que esta directiva está posta de lado. Mas, afinal, em que ficamos?

Para entender este imbróglio, ocorreu-me então a história do cão do sr Catelo.
Conta-se que um nosso conterrâneo, com intuito de divertir os amigos, treinou um cão para fugir sempre que o chamava. Quem via o cão seguindo obedientemente o seu dono, estava longe de suspeitar que este se poria a milhas, quando o Catelo o chamasse bem alto. O resultado deste acto era a gargalhada geral.

Aparentemente é o que acontece entre o GR e a SATA. Sempre que este anuncia melhores condições operacionais para a pista do Pico, a SATA reage, e por vezes nem reage, num reflexo pavloviano, ao contrário do que lhe é, supostamente, ordenado.

Claro que já li que a SATA internacional já está certificada para voar para o Pico. E que também já dispõem dos procedimentos para voar à noite para esta ilha.
Contudo, enquanto não ocorrer o primeiro voo nestas condições, ficar-me-á sempre a dúvida se não estaremos perante uma nova versão do cão do Catelo.

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