segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Hi guys, thanks for the peanuts! - Base das Lajes

Os EUA querem testar mísseis no mar, a norte dos Açores. Claro que esta tecnologia é 100% segura. Mas, mesmo assim, é necessário testá-la...
Haverá riscos para os Açores, portanto.

A propósito de riscos, sabemos que, em 31 de outubro de 1999, um avião da EgyptAir que fazia a rota Los Angeles-New York-Cairo caíu no oceano. Alguns especialistas afirmam que este avião foi abatido acidentalmente por um míssil americano. Claro que os EUA defendem a hipótese de atentado.

Se algum avião da TAP, ou de outra companhia, for atingido por um missil americano, automaticamente Bin Ladden arcará com a responsabilidade. E este, como é seu hábito, concordará com um lacónico: Só há um Deus: Alá. E Maomé é o seu profeta.
É uma das premissas desta guerra ao terrorismo. Que afinal convém a ambas as partes envolvidas.

Mas nós, açorianos, que ganharemos com esta belicosidade junto às nossas costas? Os americanos darão mais uns trabalhinhos?
Mas, meus senhores, primeiro não deveriam pagar a renda do que já ocupam? Aluguer, mensalidade ou anuidade?

Cedemos uns bons hectares de terreno, suportamos o ruído, corremos riscos, nomeadamente com o combustível armazenado e, afinal, só pagam aos trabalhadores pouco qualificados contratados?
Sabemos que devido a Portugal estar na CE, os EUA recusam pagar em dollars, mas sim em contrapartidas.

E é aqui que entram os peanuts, ou como o nosso povo diz, os pinotes. Os EUA dão-nos material de guerra absoleto. Material que fica operacional com upgrades. E como a material dado não se olha o upgrade, nós acabamos por comprar o upgrade. Ou seja, compramos mais peanuts.

Meus senhores, basta de tanta brincadeira. Somos aliados dos EUA, é certo. Queremos continuar a sê-lo, mas se não nos dão contrapartidas aceitáveis, que se efectue a aliança através dos canais naturais da NATO.

Sabemos que em breve se iniciarão negociações sobre os tais testes de mísseis. Que ao menos o governo português tenha a decência de permitir a participação do governo dos Açores neste negócio. A não ser que alguém tenha algo de muito grave a esconder.

Deve fazer parte da discussão o aumento de bolsas para doutoramentos e mestrados de alunos da UA nos EUA, o incremento da luta contra o escaravelho japonês (introduzido pelos próprios americanos nos Açores) e reverso do drama dos repatriados.

E é urgente que desenvolvamos estudos, que procuremos informações a fim de conhecermos o verdadeiro valor da base das Lajes. Não acredito que seja por acaso, que a base das Lajes é a segunda base americana com maior volume de combustível armazenado.

A não ser que estejamos contentes com a actual situação e, alegremente, digamos: Ei americans, thanks for the peanuts.

6 comentários:

Anónimo disse...

E a sondagem anterior, não se publica?!? Ou, melhor, para quando a sua publicação e, claro, a sua opinião sobre os resultados?!?

Paulo Pereira disse...

A sondagem sobre os perfis dos representantes ainda decorre e termina amanhã, de acordo com o critério definido pelo google (6 dias).
Estou pronto para num post debater os resultados. Mas nunca o poderei fazer, como é lógico, sozinho.

Anónimo disse...

Ainda decorre?!? Aonde se não a vejo no blog???

Anónimo disse...

entao és cego, ela lá está!

Anónimo disse...

Os americanos têm por hábito ajudar outros países com menores recursos, fornecendo-lhe algo a que eles não tinham acesso.
O teste dos novos mísseis e dos aviões F22, é mais um bom exemplo disso mesmo. Assim, nós Açorianos podemos desfrutar e admirar tão elevada tecnologia, da mesma forma que os cubanos (por sinal também uma ilha) podem verificar como se edifica e mantém uma prisão de alta segurança, utilizando tecnologia de ponta.
A propósito desta comparação, ocorreu-me se, por acaso, os americanos não estariam interessados em fazer aqui, nas Lajes uma nova "Guantanamo", pois poupavam mais em combustível e em horas de vôo dos aviões da CIA.

Anónimo disse...

Aqui está um assunto que me preocupa imenso, não faltava esses sacanas não pagarem o que devem e ainda abusam de nós. Se mandasse acabava-se a base.