domingo, 15 de junho de 2008

Será o Pico propício a dependências?

Há meses surgiu um artigo na imprensa holandesa referenciando a canabis do Pico como a melhor do mundo. É de salientar que a sua venda e consumo é legal na Holanda.

E é também noutros estados, nomeadamente a Califórnia, sendo possível o seu uso para fins terapêuticos. Mas, e aqui a nossa apreensão, muitos jovens utilizam-na para fins recreativos, criando, alguns, dependência a esta substância.

E, continuando a falar sobre dependências, sabemos que o famoso vinho de cheiro do Pico é consumido em qualquer Coroa, festa de Espírito Santo ou Função, como são denominadas nas diferentes ilhas. Apesar de, muitas vezes, este ser rebaptizado de vinho da Caloura, ou dos Biscoitos.

Dizem os entendidos que o seu consumo moderado é benéfico para a saúde. Claro que quem consome um copo e a seguir outro e, já agora, lá vai mais um, pode, como resultado, criar também uma dependência.

Do excesso de consumo de verdelho do Pico poder provocar malefícios ao fígado dos czares é coisa que já não nos podem acusar, podem lá tirar o cavalinho da chuva.

Não por os czares terem desgostado do nosso vinho, mas por a revolução de 1917 ter acabado com toda a corte russa. Enfim, uma medida radical.

Mas isso são águas passadas, o que eu hoje quero dizer é que ainda bem que desviam os voos TAP do Pico para o Faial, quando o tempo não permite aterragens no Pico.

Pois, basta apanhar a lancha e no mesmo dia está-se no Pico. Graças a Deus que há outro aeroporto por perto e a TAP é sensível à sua proximidade.

Estranhamos é o mesmo não acontecer quando a situação é inversa. Ou seja, quando as condições são adversas em Castelo Branco, a TAP prefere voltar a Lisboa, em vez de desviar o voo para o Pico.

Aliás, estranhamos é apenas uma maneira de dizer, porque na realidade não queremos ser responsáveis por mais alguma dependência.

Não vão os senhores passageiros com destino ao Faial gostarem de aterrar no Pico e depois não quererem outra coisa.

É que, como é costume dizer, gato escaldado tem medo de água fria.

2 comentários:

Carlos Faria disse...

Não é segredo nenhum que defendo o pico como alternativa à horta, mesmo antes da proposta do GRAçores para o aeroporto do pico ser alternativa ao da horta eu ja tinha escrito isso na minha coluna habitual no incentivo.

Anónimo disse...

Isso nunca há de acontecer, pois os pilotos da TAP não gostam de aterrar no Pico e também porque a pista não oferece condições devido à montanha.
E não digam que os Faialenses é que não querem! Pois eu não gosto ter de ver os voos cancelados nem ter de voltar para Lisboa.