segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Impressionista


Uma ocasião,

meu pai pintou a casa toda

de alaranjado brilhante.

Por muito tempo moramos numa casa,

como ele mesmo dizia,

constantemente amanhecendo.


Adélia Prado

4 comentários:

Carlos Faria disse...

Provavelmente nunca pintaria a uma casa dessa cor, mas que gostei do poema e da conclusão, gostei!

Anónimo disse...

É bem feio...mas preferível a casa abandonada e a apodrecer.
Em Lisboa, há inúmeros prédios recuperados pintados com estas cores berrantes, de acordo com as utilizadas nos edifícios do século XVIII, pós terramoto.

Lc disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Sr basalto, é a primeira vez que concordo consigo.
E não sou só eu, há muita gente p’rá aí que olhou para essa pintura e disse: “Melhor é possível”.
E olhe, vosselência, que as cores do amanhecer são semelhantes às do anoitecer, mas com consequências diferentes, sobretudo no mês de Outubro.

Cumprimentos cumpridos e assumidos