quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Um Presidente de TODOS os Açorianos?

Adaptado daqui

“As Lajes do Pico têm muito a ganhar com uma Câmara que se torne num parceiro activo e cúmplice nos investimentos que nós estamos, através do Governo, a fazer.”


Quando questionado sobre se o Presidente da República, Cavaco Silva, iria fazer campanha pelo PSD, Sócrates afirmou que não, pois cada um pedala a sua bicicleta.

O mesmo não pode dizer Carlos César. Uma vez que ele é, simultaneamente, Presidente do Governo dos Açores e presidente do PS-Açores.

Como Presidente do Governo dos Açores, César é o Presidente dos açorianos, sejam simples simpatizantes, ou quadros, do PP, PSD, BE, PS, ou de outra força partidária. É o presidente de TODOS.

Por sua vez, na sua qualidade de presidente do PS-Açores, Carlos César tem a obrigação de conquistar o maior número de câmaras para o PS, esgrimindo todos argumentos políticos que conseguir.

Contudo, estas duas funções, embora distintas, prestam-se a confusões, uma vez que são desempenhadas pelo mesmo homem. E algumas confusões serão propositadas, pois destinam-se a obter dividendos.

Só assim se compreende que o César (que julgamos ser o presidente do PS) acene com uma eventual prioridade na atribuição de investimentos do governo às câmaras socialistas.

Mas, não será perniciosa, esta atitude, uma vez que legitima idêntico tratamento entre câmaras e juntas de freguesia da mesma cor, penalizando as de cor diferente?

Ou talvez possa ter efeito oposto ao pretendido, se atendermos à competição entre o governo e as Câmaras de partido diferente, relativamente à execução de obras públicas. Ou seja, pode levar o eleitor a optar pela rivalidade anunciada, ao invés do colaboracionismo.

Adiante-se, ainda, que caso o ciclo eleitoral se inverta, Berta Cabral deterá a mesma autoridade na utilização destes argumentos, agora sobre as câmaras PS.

Assim, pensamos que a habitual confusão entre o presidente-de-todos-açorianos e o presidente-partidário leva ao descrédito e à falta de isenção entre órgãos democraticamente eleitos, contribuindo para o progressivo afastamento dos eleitores.

Para ultrapassar este problema, ocorre-me duas soluções:
Ou o presidente do governo nomeia todos os presidentes de câmara, à boa maneira do estado-novo, e poupa milhões de euros de campanha aos contribuintes;

Ou então, determina-se que os presidentes partidários deixam de exercer funções autárquicas ou governativas e passam a ocupar o seu devido lugar no Parlamento Regional.

Não sei se assim a abstenção diminuirá, pois talvez haja menos dramatização nas campanhas eleitorais, mas, talvez os votos expressos fossem mais esclarecidos e conscientes.

4 comentários:

Anónimo disse...

Não posso crer que Cesar tenha dito que nas Lajes do Pico o PS tenha que ganhar, para que se façam as obras.
Afinal ele não é tão puro como os seus seguidores afirmam.
Os lajenses têm o descernimento necessário para destas afirmações do Presidente do Governo Regional, que se vangloria de tratar todos por igual,tirar as suas ilações.
Vendo bem, o Chefe do PS é que um exemplo de isenção e democracia.
Francamente, por esta não esperava, vindo de quem vem..
José Tomás.

Patriota d'uns actos disse...

Sr basalto, concordo quase sempre com mê presidente Carlos César.

Mas desta vez, deixe-me que lhe diga, não concordo e até, quando eu o vir na rua, hei-de lhe dizer:

- Ó Carlos, não colaboraste mais com a cambra das Lajes, não foi por faltarem cúmplices, antão!

- Ainda queres arranjar mais?

Pelo é o cagente diz, aqui n'Ámerca.

Anónimo disse...

Vivemos uma intensao constante de Carlos Cesar, transformar as 19 Câmara Municipais em Departamentos do seu Governo. Então para que serve o Poder Autárquico? Se um Presidente de Câmara não consegue gerir o seu Municipio com as suas competências então não se candidate. Fique em casa a cuidar dos filhos... ou vá para Lactopico

Anónimo disse...

Desculpem o abuso, mas não é que ao navegar pelos blogs das Lajes -Lajes do Pico e Lepramecoma, não encontrei qualquer referencia ao falecimento de UM LAJENSE QUE DE UNHAS E DENTES SEMPRE DEFENDEU A SUA TERRA QUER CÁ, QUER NAS LONGINQUAS AMERICAS. Nem uma palavra. Será por se dizer por cá que era da familia e que ele, por vezes, colaborava?
De qualquer forma não vejo motivo para isso, uma vez que qualquer um dos Blogs defende as Lajes, por vezes com exageros de lepra.
Para toda a familia, daqui de longe, envio os cumprimentos do meu profundo pesar.
Al Sousa.