
E ficou de fora do programa 60+. Contudo, o candidato do PPM à Assembleia Regional, estão a ler bem, do PPM, lavrou um enérgico protesto que culminou com a visita de um idoso ao Corvo.
Estamos a falar de Paulo Estêvão que, como demonstra o seu blog, não é homem para baixar os braços ou ficar calado.
É um verdadeiro profissional e, como tal, jogará em qualquer equipa que o contrate. Sinceramente, não vejo onde está o mal, o homem está decidido a defender quem lhe pagará um bom ordenado, ou seja quem o elege.
O drama seria se ele não se esforçasse ou, uma vez eleito, esquecesse os eleitores, passando a venerar apenas quem o tinha colocado em lugar elegível. Esta situação é meramente académica e estamos em crer que nunca terá ocorrido por cá.
Decq Mota, parlamentar de reconhecida qualidade, já foi candidato por S. Miguel e pelo Faial e deu sempre garantias de defender bem quem o elegeu.

Tal como faz aos corvinos, o poder regional trata os picoenses pela cartilha salazarista dos distritos. Ou seja, investe, claramente, em S. Miguel, Terceira e Faial, esperando que as restantes ilhas prestem vassalagem às suas ex- capitais.
Perante esta situação, surgem duas atitudes distintas.
Uma, a dos deputados da maioria, dá a entender que tudo está bem. Que os nossos problemas foram previamente detectados pelo governo e que também serão, a seu tempo, solucionados pelo mesmo.
Mas então, pergunta-se, qual a utilidade destes “intermediários”? Serão estes elementos dispensáveis, ou mesmo substituíveis, pelos gabinetes de imprensa do poder?
Não deveriam os deputados levantar questões, mover influências e ser, por vezes, inconvenientes?
Outra atitude parece ter o PSD do Pico. A de contestação, mas sem propor alternativas, ou de se pronunciar sobre a necessidade de uma maternidade no Pico, ou de uma secretaria regional na ilha. Será que o PSD Pico é suficientemente autónomo, ou tem suficiente autoridade para afrontar o eleitorado faialense da mesma área partidária, com estas propostas?
Se a minha análise está correcta, então deveríamos ver com bons olhos a emergência de uma terceira força política no Pico (PP, PCP, BE ou PPM) que viesse agitar o “pataca a mim, pataca a ti” dos partidos do “centrão”. Pois desde 74 que somos governados, ora por um, ora por outro e o desenvolvimento do Pico foi sempre adiado.
Penso que o Pico precisa de deputados reivindicativos e que as ideologias já não interessam.
Desejamos que o intenso trabalho que os srs deputados realizam na Assembleia seja traduzido em obra e que tenha consequência.
Para que não se pense que este trabalho só é proveitoso para os intervenientes se aquecerem nos frios dias de Inverno.
5 comentários:
Lá está o senhor novamente com a questao da secretaria regional do ambinete e do mar se localizar na ilha do Pico...tenha dó de quem raciocina....faz algum sentido???
Para que uma ilha acolha uma secretaria, é necessário um conjunto de condições nomeadamente localizar-se num centro dito "urbano",com um aglomerado populacional maior e um número de serviços inerentes.
Cumprimentos
"Em momentos de crise, a imaginação é mais importante que o conhecimento" - Albert Einstein
Paulo tenho recusado interferir em discussões e não vou entrar nesse campo, mas dá-me a impressão que o mal se está a alastrar e porque julgo que também consegues reflectir no que vou dizer, ficam aqui algumas dicas:
A área classificada do Pico com maior reconhecimento internacional é a da cultura da vinha, património mundial, por motivos sobretudo culturais, resultantes do equilíbrio alcançado entre a necessidade do homem e as condicionantes físicas do terreno.
O Pico tem tido bons escritores e agentes de cultura.
Nos Açores, a cultura nunca chegou ao estatuto de Secretaria Regional ou mesmo Sub-secretaria.
Porque motivo se há-de mexer com estruturas existentes e implantadas no terreno, com todos os graves impactes sociais para os seus funcionários, se é possível criar uma nova, sem prejudicar ninguém e implantá-la no Pico?
Reforçar o peso político do Pico, sem reduzir o de nenhuma ilha do triângulo, toda esta área geográfica ficava a ganhar e ninguem saía prejudicado.
Não tens de responder, apenas de pensar que uma reivindicação não tem de ser contra ninguém, eu pelo menos penso assim e sou um grande defensor do Trângulo e de todas as suas ilhas. Penso que já dei provas disto.
O PIco precisa de lideranças, à semelhança de todas as restantes ilhas açorianas, porque a cidadania e participação cívica é diminuta. A democracia existe quando existe participação independentemente de se ser de direita ou esquerda, até porque essa divisão já não existe. o que existem são pessoas com ou sem vontade de alterar as coisas que não estão bem.
Amigo Artur, ja alguma vez pensaste em ser deputado do Pico..? Como dizes e bem, "a imaginaçao é mais importante que o conhecimento..." e como vcs têm a imaginaçao muito fertil, para compensar a falta nos vossos rochedos, isso é como o ditado indica, "em terra de cegos, quem tem olho é rei..." ainda ias parar á presidencia da republica... Ja viste o que poderias fazer pela tua ilha..? Mas quem pensa em chegar á presidencia tambem consegue imaginar o Pico sem Ventos e sem silvados... Ainda metias um Porta avioes ao largo do Pico e transportes maritimos de la para o cais...
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