quarta-feira, 7 de maio de 2008

A saúde no pico, segundo L Machado

Na área das instituições e dos equipamentos sociais, constata-se que, entre 1996 e 2007, a Região sofreu uma profunda transformação e evolução(...)

No Pico os equipamentos e serviços existentes apresentam todos parâmetros de excelência idênticos às demais ilhas da Região, e daquela que é a melhor rede de apoio social do País. É também assim, defendendo direitos sociais fundamentais, que se luta contra a pobreza e se promove a coesão social. Que diferença, que diferença!(...)

Naturalmente a Unidade de Saúde da Ilha do Pico depara-se com os problemas normais inerentes ao seu crescimento porém, como a saúde é um direito social fundamental, ser-lhe-ão a cada momento atribuídos os meios financeiros necessários à concretização do seu Plano de Actividades.


Os nossos reparos:

1- Comparar a saúde actual com a do tempo de Mota Amaral, parece-me despropositado e demagógico. Se o hábito pega, passaremos a fazer comparações com a saúde no tempo de Salazar, da monarquia, ou talvez de Afonso Henriques.

Então, assaltou-nos uma preocupação: quem está no poder há doze anos, por que raio necessita de fazer comparações com a tecnologia, o know how e os recursos de há mais de uma década?

2- Sobre “Os equipamentos e serviços existentes apresentam todos parâmetros de excelência idênticos às demais ilhas da Região”. Perguntamos: Estão a comparar-nos com as ilhas de coesão, das quais disseram-nos não fazermos parte. Ou com a saúde em S. Miguel, Terceira ou Faial? Descemos de divisão e não demos por isso?

Atenção: Uma vez que César nos prometeu um bloco de partos, não teremos aqui uma oportunidade única de melhorar substancialmente o nível de saúde no Pico? Pois sabemos que um bloco de partos necessita de um bloco operatório e de outras valências que, ao serem rentabilizadas, beneficiarão em muito a nossa população. Por que não se insiste no cumprimento da promessa?

3- Sobre a atitude demonstrada no último parágrafo, escrevi há tempos o seguinte: “Perante esta situação, surgem duas atitudes distintas. Uma, a dos deputados da maioria, dando a entender que tudo está bem. Que os nossos problemas foram previamente detectados pelo governo e que também serão, a seu tempo, solucionados pelo mesmo. Mas, então, pergunta-se, qual a utilidade destes “intermediários”? Serão estes elementos dispensáveis, ou mesmo substituíveis, pelos gabinetes de imprensa do poder? Não deveriam os deputados levantar questões, mover influências e ser, por vezes, inconvenientes?”

Pouco mais tenho a acrescentar, a não ser que, dada a propositada indefinição das valências e os meios financeiros a atribuir à Unidade de Saúde da Ilha do Pico, pensar que estas serão determinadas à medida que forem exigidas. Se, enventualmente, forem...
Então, por que não arregaçamos já as mangas e lutamos pelos nossos direitos?

2 comentários:

Lc disse...

Infelizmente no que respeita a educação, saúde, etc... o nosso país parece que está a andar para trás. Tirando o ordenado, ajudas de custo e outros beneficios dos nossos queridos deputados, que andam sempre para a frente, o resto está assim, quanto mais tempo temos de aturar esta democracia só para ricos e iluminados eleitos por nós???

Anónimo disse...

"Na área das instituições e dos equipamentos sociais, constata-se que, entre 1996 e 2007, a Região sofreu uma profunda transformação e evolução(...)"
Sim em Smiguel, Faial e Terceira

"No Pico os equipamentos e serviços existentes apresentam todos parâmetros de excelência idênticos às demais ilhas da Região"
Pois uma grande qualidade: num cruzeiro que nem sequer tem condições decentes para ir ao Faial. Onde é que se já se viu 6 doentes ao mesmo tempo?? em que alguns tiveram de ir no chão do barco??????????? Até era preferível ir de helicópetro do que passar ondas altíssimas de mar.

Que diferença, que diferença!(...)para igual ou pior??

Unidade de ´saúde de ilha a pior coisa que criaram mas bom para aqueles que prencheram os "tachos".