domingo, 27 de julho de 2008

Rio do triângulo


Rio do triângulo
Sem ângulos
Convenientemente arredondados
Pelo centro bem marcado
e circunferenciado

Rio do triângulo marado
Enquanto escorrego pelas hipotenusas da sorte.
Salgadas, amargas, agridoces,
Lágrimas também podem ser de rio
Ou de revolta
Geometria madrasta,
Triângulo só de nome
Círculo fechado
Quadrado só para catetos.

4 comentários:

Carlos Faria disse...

Temos poeta por aí...

Juliana Couto disse...

Concordo plenamente... a geometria da poesia!

Paulo Pereira disse...

Não, não voltarei à poesia, pretendo desde já sossegar os blogistas. Apenas pretendi explicar a fotografia, dando o ponto de vista de quem vive do lado de cá.
O termo triângulo marado, ou qualquer outro termo, não pretende ser irónico. O mesmo já não se pode dizer da Associação de ilhas, dado o pouco benefício obtido pelo Pico. Apenas quis dizer que, se o mar pode ser cavado, também pode ser arado. Arado pelas quilhas das lanchas do Pico, às quais, á semelhança do arado puxado por bois, nós servimos de contrapeso. Nem que seja para nascer ou morrer.

Anónimo disse...

Rio do triângulo marado. E como todos os rios, para não fugir à regra, "corre" sempre para o mesmo lado!...
Boas Férias.