"(…) Foi por isso que criámos as condições para que baixassem os juros com a habitação (…)".in Mensagem de Natal do primeiro-ministro, Dezembro 25, 2008
Ah, também as prestações da habitação já estão mais baratas 200 euros e tendem a baixar mais. As passagens aéreas, idem, e será o primeiro ano, desde há muito, que o poder de compra real das famílias mais aumentará.
Só nos apetece perguntar: por que não temos destas crises mais vezes?
Mas nem ousamos, pois, asseguram-nos que a crise de 2009 não é para brincadeiras, será a pior crise mundial desde a grande depressão dos anos 30.
Então, a quem devemos o milagre português?
Então, a quem devemos o milagre português?
Quem tem poder de mandar o BCE amochar os juros, uma vez que Trichet nem liga às insistências de Sarkozy nesse sentido?
Sócrates, claro!
Proponho-o já para Nobel da Economia.
Proponho-o já para Nobel da Economia.
E isto não fica por aqui, teremos um TGV, um grande aeroporto e mais umas dúzias de auto-estradas.
Não sei se precisamos destes investimentos, mas se são para salvar a nossa economia, eu dou o meu aval.
Não sei se precisamos destes investimentos, mas se são para salvar a nossa economia, eu dou o meu aval.
Claro que poderíamos injectar dinheiro na economia se, pura e simplesmente, o estado cobrasse menos impostos. Todos os portugueses beneficiariam de uma descida do IVA, IRS, IRC, ou mesmo das contribuições sociais.
Mas isto não tem cobertura mediática, nem cerimónias de lançamentos de obras e muito menos inaugurações.
E se temos um estado que esbanjou centenas de milhões de euros em submarinos (Obrigado, dr Portas), comprou e mantém encaixotado uma esquadrilha de F-16 (Gracias, Dr Cavaco), ou edificou um belo estádio no Algarve, para inglês ver (Thanks, Eng. Guterres), poderemos acusar Sócrates de ser o único a gerir tão mal os nossos impostos?
Decididamente, não!
Decididamente, não!
Sócrates apenas segue a escola dos anteriores primeiros-ministros. E a culpa será sempre dos americanos que nos exportam crises. Ou dos espanhóis...
Mas, não pagaremos caro, em 2010, tanto desperdício de dinheiro?
Não, porque em 2010 a crise já passou... Pelo menos lá fora.
Mas, não pagaremos caro, em 2010, tanto desperdício de dinheiro?
Não, porque em 2010 a crise já passou... Pelo menos lá fora.
Nós, devido ao aumento da dívida pública contraída para pagar investimentos sem retorno, estaremos a ressacar nos anos seguintes. E, apesar de até 2035 ficarmos atafulhados em juros, haveremos de nos congratular com a obra feita, sim senhor!
Ou seja, não morreremos da crise de 2009, e esperemos que também não da cura.
Contudo, para quem já está habituado a viver em crise, mais uma ou menos uma, não fará grande mossa. É como diz o povo, enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
E que pena eu tenho dos Belmiros, Amorins, Gates & Cª, que já perderam milhões. Ou dos islandeses que têm um país falido.
Porém, não sei porquê, acho que estes, embora na falência, vivem bem melhor que os portugueses em solvência.
Porém, não sei porquê, acho que estes, embora na falência, vivem bem melhor que os portugueses em solvência.
Mas deixemos de matutar em coisas tristes, porque, afinal, o pior que pode haver numa crise é a falta de confiança. Afinal, o mundo angustiou-se momentaneamente e, por contágio, os nossos bolsos esvaziaram-se.
OBAMA, DURÃO, por favor, ponham o mundo no psiquiatra, de preferência naqueles que receitam muitos anti-depressivos e vão ver que a confiança ressuscita. E, consequentemente, todos nós ficaremos ricos.
Se não houver psiquiatras para atender a todos num curto espaço de tempo, lembrei-me agora, poderíamos atingir o mesmo estado de êxtase, dando as mãos com a convicção daqueles professores que frequentam as acções de formação do "Magalhães".
Eu, por mim, vou fazer os possíveis para beneficiar desta experiência.
E você?
2 comentários:
..."Batendo as asas pela noite calada, vêm em bandos, com pés de veludo... Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada"...
Bom post, sem dúvida. Ao qual acrescentaria o facto de tanto o Césarus, como Jardim, e esmagadora maioria da oposição continental e regional, não ajudaram em nada esse vazio na política portuguesa. Como alguém dizia: “os políticos portugueses, salvo uma ou duas excepção, são como as santolas numa certa altura do ano – vazias!”.
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