sábado, 30 de janeiro de 2010

Aeroporto do Pico: Artur Lima lamenta falta de planeamento e má gestão

O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Artur Lima acusou, esta sexta-feira, o Governo Regional de “falta de planeamento e de má gestão da gateway da ilha do Pico”, nomeadamente pelos atrasos sucessivos na entrada em funcionamento das infra-estruturas de abastecimento de aeronaves daquele aeroporto.

Num requerimento enviado ao Parlamento Açoriano, o democrata-cristão denuncia mais um atraso na entrada em funcionamento do sistema de abastecimento de combustível de aeronaves no aeroporto da ilha montanha, alegadamente por “novas exigências internacionais” que “obrigam à construção de tanques de armazenamento de combustível no próprio aeroporto”.

Artur Lima considera que “a gateway da ilha do Pico foi criada na base de uma decisão de carácter meramente político” e lembra que “desde 21 de Abril de 2005, o Aeroporto recebe voos comerciais directos do exterior da Região”.O dirigente popular refere ainda que do caderno de encargos para a empreitada de ampliação do Aeroporto do Pico “constava a realização de obras para a edificação de um parque de combustíveis que disponibilizasse combustível para o reabastecimento dos aviões”, salientando que “tal infra-estrutura é fundamental para o prosseguimento dos objectivos políticos que levaram à criação desta gateway e para a sua funcionalidade”.

Ademais, frisou, “estas obras chegaram a ser apontadas como estando concluídas em Junho de 2007”, recordando de seguida que “em Setembro de 2007, o então Secretário Regional da Economia afirmou no Parlamento que o processo relativo à construção de tal valência estava na fase final de licenciamento”.

Ora, o que é certo é que “ainda hoje não existe a referida valência no Aeroporto do Pico, porquanto não está em funcionamento o parque de combustíveis” e que “a falta desta infra-estrutura prejudica os passageiros da ilha do Pico e também os passageiros da ilha Terceira, onde é feita uma escala para reabastecimento da aeronave afecta à rota Lisboa-Pico-Lisboa”, pelo que os populares açorianos questionam o executivo regional sobre “quais os motivos que provocaram atrasos tão significativos na conclusão da remodelação do parque de combustíveis de São Roque?”.

Aliás, destaca Artur Lima, “as próprias companhias aéreas, nomeadamente a TAP, já declararam publicamente que o facto dos depósitos de combustível no Aeroporto do Pico não estarem em funcionamento condiciona a realização de voos para a ilha nas chamadas épocas altas”.

Tudo quase pronto.

O cerne da questão prende-se agora com supostas “nova exigências” que farão prolongar ainda mais no tempo a entrada em funcionamento de uma valência indispensável à plena funcionalidade do aeroporto picoense.

Isto porque, diz Lima, “estavam concluídos os trabalhos de remodelação do parque de combustíveis junto ao Porto Comercial de São Roque para armazenamento de combustível Jet A1” e “o próprio Instituto Nacional de Aviação Civil já tinha aprovado o procedimento de transporte de combustível entre o parque de combustíveis de São Roque e o Aeroporto”.

Porém, prossegue o Líder Parlamentar centrista, “surgiram notícias que dão conta de que novas exigências internacionais obrigam à construção de tanques de armazenamento de combustível no próprio aeroporto”, facto que levará a “que até à conclusão destes trabalhos não sejam reabastecidas as aeronaves que escalam o Aeroporto”.

Assim, os democratas-cristãos querem saber “quais as novas exigências que agora surgiram e que vão atrasar a entrada em funcionamento da valência de abastecimento de aeronaves no Aeroporto do Pico?”, bem como “quando foram conhecidas essas novas exigências?”.

Notícia retirada daqui

2 comentários:

JAJ disse...

Artur Lima falou de forma clara e objectiva para que todos entendam. Não esteve com discurso politicamente correcto e redondo. O seu trabalho já se reflectiu nas ultimas regionais e por este andar o CDS vai continuar a subir.

Defensor nº 1 disse...

É totalmente incompreensível que ainda não haja combustíveis no Aeroporto do Pico. Só mesmo querendo que o problema se arraste para beneficiar algo ou alguém, não é?
5 anos é demasiado tempo. É o combustível que adia, é o ILS que bloqueia, ninguém quer fazer um levantamento do verdadeiro número de passageiros que se vêem obrigados a sair por outro aeroporto (nem menciono qual, pois só logo apodado de bairrista!), etc. E depois digam que não há bruxas!...