sábado, 6 de fevereiro de 2010

Já é possivel abastecer aeronaves no Pico


Há por aí a irritante mania de duvidar de tudo e de todos, sobretudo dos governantes. Por que será?
Afirma-se que o prometido afinal não passa disso mesmo, e que só serviu para ganhar uns míseros votos, ou para confundir a população de uma ilha.
Ou talvez mesmo para lhe diminuir a auto estima.
Irra!

Mas a verdade é como o azeite e vem sempre ao de cima. E o óbvio, como óbvio que é, toda a gente o vê.
Ou não vê, se for caso disso.

Só por má fé, ou por não querer ver, é que se teima em afirmar que se adiou o inadiável, não cumprindo o compromisso assumido.
E que continua a meio o que só faz sentido quando completado por inteiro.

Por isso, há quem seja prudente e use de toda a cautela no anúncio de infra-estruturas estruturantes, pois, como se sabe, gato escaldado de água fria tem medo.

Só depois de muita ponderação se anunciou que as infra-estruturas de abastecimento de aeronaves do Aeroporto do Pico estariam concluídas em Junho de 2007.
Porque mesmo antes de Junho de 2007, e à vista de todos, era possível abastecer aviões no Pico.

E olhem que construir infra-estruturas desta envergadura é obra nunca anteriormente empreendida. Nunca se havera construído instalações de abastecimento de combustíveis para aviões nos Açores, quiçá por esse mundo fora.
Por isso, haverá alguém em condições de censurar a precaução do sr governante?

Perante esta hercúlea tarefa foi preciso, sem demoras, meter mãos à obra.
Reinventou-se a roda.
Redescobriu-se o fogo.
Mas o esforço foi compensado num longínquo dia de Setembro de 2007, em que o senhor Secretário Regional da Economia finalmente pode afirmar, no Parlamento Regional, que o processo estava na fase final de licenciamento.

Mas licenciar empreitadas nunca outrora realizadas, talvez no planeta, é tarefa ciclópica. Falta sempre alguma folha de papel selado, ou até um gatafunho. Nunca descurando que o gatafunho deve constar na folha de papel selado apropriada.
E não em outra qualquer.
Uma construção desta dimensão, impar no Universo, requer resmas de papel selado.
E resmas de gatafunhos.

Mas sempre se havera licenciar um serviço tão especial, que também se poderá designar de espacial, se considerarmos todo o desenrolar do seu processo.
Assim como a sua fonte, que é daquelas que quando nasce é para todos.
É certo que só está disponível de dia. Mas também não necessita de ser importada, não é poluente e é cem por cento renovável.
E, seguramente, já estava acessível muito antes 2007, sempre o soubemos.

Só falta mesmo é a TAP e a SATA adquirirem as aeronaves adequadas à especificidade do parque construído.

Pois, muita razão tinha o senhor Secretário Regional da Economia, quando afirmou, em Setembro de 2007, que o parque de combustíveis do Aeroporto do Pico já estava concluído.

5 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Senhor,
Acabo de ouvir na RDP que a fabrica situada no misterio da Silveira e até há poucos meses gerida, com grande sucesso, como diziam, pelo atual Presidente da edilidade lajense, apresenta um furo de dois milhões.
Será isto verdade? É que nos blogs que percorri não encontrei qualquer observação e por isso como me encontro longe, resolvi perguntar-lhe porque sei que terá possibilidade de me esclarecer.
cordiais cumprimentos

artur xavier disse...

Ó diabo, há por aqui alguém a querer misturar leite e seus derivados com JET A1 e política...
Que produto final resultará?! Espero que não seja explosivo, senão ainda vamos ter a ETA por aí.

Anónimo disse...

Sr. Artur
Ninguem pretende misturar nada.
Simplesmente saber o que, na realidade, se passa. Se utilizei este blog é porque sei que este senhor poderá dar-me a informação pretendida, dado que em outros, as minhas perguntas nem chegam a ser publicadas.
Entendido? Pergunte a eles porquê?
Eu cá não sei. Faço-as sempre com lisura e respeito.
É que quem se encontra longe gosta sempre de saber o que se passa na sua terra.
Bom dia.

artur xavier disse...

O anónimo poderá (E não estou a colocar em dúvida a sua honestidade intelectual. Que fique, desde já bem claro!)usar de lisura e respeito mas que a sua pergunta não é de todo inocente, lá isso não é. Traz água no bico, como diz o Povo. É que ainda agora as pessoas começaram o seu trabalho e já estão a querer comparar alhos com bugalhos. Pelo que tenho lido e ouvido, a casa não estará, assim, tão fácil de arrumar...

RPM disse...

Amigo Paulo!

Saudações 'cubanas'.....

um abraço grande e um forte Carnaval Terceirense....

beijos e abraços à Família

RPM