sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Doentes transportados no chão do Cruzeiro das Ilhas

As condições em que se processam o transporte de doentes entre o Pico e o Faial e o transporte em ambulância do cais da Horta para o Hospital local estão longe de agradar.
Os problemas e as queixas dos utentes são recorrentes, mas apesar das críticas ao serviço pouco ou nada tem mudado nos últimos anos.

No passado dia 18, as críticas voltaram a subir de tom durante a evacuação de três doentes na ligação das 13h45. Dois dos doentes, por falta de espaço no habitáculo instalado a bordo do “Cruzeiro das Ilhas”, foram obrigados a seguir em maca no chão do navio, disponibilizando-se o único lugar específico para a colocação do doente que exigia maiores cuidados.

Débora Sousa, mãe de uma criança de 8 anos que foi transferida no chão do navio, compreende a opção, mas lamenta a falta de condições da embarcação para o transporte em simultâneo com o mínimo de dignidade de mais do que um doente.

Débora Sousa diz que o transporte de doentes é “desumano e está longe de reunir as condições exigidas”.
Mas se o transporte marítimo provocou alguma indisposição aos familiares dos doentes, a viagem
para o Hospital da Horta não contribuiu para acalmar os ânimos.

Após chegarem à Horta, dois dos três doentes foram obrigados a aguardar que os bombeiros locais procedessem ao transporte do mais debilitado para só depois levar os restantes.

Débora Sousa classifica de “inadmissível” a falta de organização do serviço e a justificação de só existir uma equipa de serviço para assegurar o transporte para o Hospital.

In Ilha Maior de 26 de Novembro de 2010

8 comentários:

artur xavier disse...

"Ilha Maior, no sonho e na desgraça"... Como estão, ainda, plenas de actualidade as palavras de Almeida Firmino! Até quando?

FÁTIMA INACIO disse...

É UMA TRISTE SITUAÇÃO ,MAS TEMOS DE PENSAR QTAS VEZES ISSO ACONTECE...NESTE MOMENTO FAZER GRANDES INVESTIMENTOS NESTA AREA JULGO K NÃO FARÁ UMA PRIORIDADE ,QT AO NUMERO DE AMBULANCIAS NÃO PODEMOS ESKECER QUE ESTAMOS EM ILHAS,TER TRIPULSAÇÃO ,TDO DIA PARA 6 SOCORRISTAS É OBRA!!!!!!!!

Anónimo disse...

Em Ilhas queimam-se centenas acrescentadas de euros em fogo de artificio e foguetes. So nao ha orcamento para ambulancias.Ponham-se no lugar destas familias.
Horrivel.

Anónimo disse...

É bonito ler este breve comentário da srª Fátima Inácio, mas não convence e possivelmente esta srª não vive cá ou então nunca passou por uma situação idêntica. E não é só esta situação do barco, mas só quem vê, é a ambulância que chega ao cais da Madalena é retirada a maca da ambulância e por vezes debaixo de chuva e evento é transportada para o barco temos de esperar por uma ligeira calmia para se poder meter a maca dentro do barco, pois o mar está mau e a viagem que é do piorio e chegamos ao Faial onde temos de esperar pela ambulância.
Isto só no terceiro mundo (se calhar fazemos parte desse terceiro mundo, não queremos é admiti-lo).
Será que não devíamos pressionar o nosso poder politico para que se construa o tal hospital no Pico, é que não tem de ser construído e equipado todo de uma só vez, pode ser aos poucos mas a única coisa que vemos é melhorias nos Centros de Saúde que apenas dá para fazer um curativo e por vezes mal.

fatima inacio disse...

SOU DO PICO VIVO NO PICO ,E JULGO K SEI A SUA REALIDADE,MAS NÃO DEIXO DE"ver"k criticar por criticar não!tive 3 gravidezes,sendo a ultima de risco.a minha mãe eu com 19 anos fui enterá-la,na Horta,comcom 45 anos tb meu pai foi para a Horta,em dialgo com a médica o meu pai vei falecer ao centro de saude do pico.
SE acham k não passei por nada de nada,muitas felecidades para kem assim pensa.
Gostava de ter um hospital,no Pico?!CLARO K gostava !neste momento vejo k não existem médicos suficientes para assegurar,o bom funcionamento,do respetivo ,a realidade infelizmente é essa!!Qtas especialidades deslocam-se os medicos á Horta?!!!jÁ Agora qd estive gravida nós é k iamos á Horta !!!!!!Já agora a minha mãe foi evacuada na lancha" Calheta" e no cais velho...

Anónimo disse...

Srª Fátima, ainda bem que é do Pico e que conhece a realidade desta ilha e pelo que diz só me vem dar razão, em que quando esteve grávida tinha de ir ao Faial às suas consultas, (a minha mulher tambem foi quando esteve grádida) mas ainda bem que hoje já não é necessa´rio ir a essas consultas de rotina pois os médicos vem ao Pico. Mas é necessário ir para o Faial fazer o parto, não acha que com um pouco de investimento ou aplicar melhor os investimentos feitos, já poderiamos tambem fazer os partos e algumas pequenas sirurgias é aos poucos que lá chegamos mas dando passos certos e seguros não é fazendo obra para dar nas vistas e lá se vai o dinheiro para nada.

FATIMA INACIO disse...

CURACISTÓ SR ANÓNIMO SE CONSEGUIR REUNIR ,ENCONTRAR OS MÉDICOS OBRIGATÓRIOS PARA TER UM BLOCO A FUNCIONAR ,DOU-LHE OS PARABENS,PQ NÃO SEI SE SABE PQ SE DEIXOU DE FAZER PARTOS NO PICO?!POR ACASO TIVE 2 NO PICO E 1 NA HORTA,PQ FUI OBRIGADA POR ESSE PRODECIMENTO ESTAR A SER OBRIGATÓRIO,ESTAMOS CEE ,PARA O BEM E PARA O MAL,K POR MTAS X É ESKECIDO,ENTÃO QD É A RECEBER TDS KEREM TD É BOM ,QD SÃO NORMAS A CUMPRIR Á JESUS ,K NÃO SE PODE.NINGUEM É OBRIGADO A VIVER CÁ...ISTO É O K TEMOS,CLARO K QT MAIS TIVERMOS MELHOR ,MAS FAZER OMELETES SEM OVOS GOSTAVA EU DE SABER ,JÁ DIZIAM OS ANTIGOS "O MAIOR CEGO É AKELE K NÃO KER VER.POR AKI FICO,NÃO VOU CHOVER NO MULHADO:)

Anónimo disse...

Claro que se todos nós nos fecharmos no nosso casulo e nada fisermos ai é que não saimos de onde estamos, mas é uma opção que qualquer um pode usar.