Chegou-me por mail e desconheço o seu autor. Mas está uma obra de arte.
sábado, 31 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
O DEUS

Há na montanha um deus desconhecido
um deus que não tem voz mas não se cala
seu silêncio é de fogo mal contido
seus sinais são mistérios e se fala
há um tremor de poema pressentido.
Rumor e ritmo que ninguém dedilha
eu sei que a terra treme e não se sente
há um coração que bate e fibrilha
como um verso a pulsar que de repente
se descobre no Pico e é o deus da ilha.
Manuel Alegre In Pico, 1998
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Votem em mim, que eu voto no meu aumento: 960 euros

Desejamos, de facto, que os mais capazes estejam nos lugares de topo. Na política, ou nas empresas. No sector público, ou no privado.
Não fazemos grandes distinções entre a utilidade de um bom profissional na chefia da sua empresa privada, ou nos trâmites da política.
Mas, também sabemos que estes sectores não são estanques. Que há quem faça tirocínio na política e, depois, colha dividendos no privado. Tudo dentro da legalidade.
Também sabemos que, devido a um número artificialmente elevado de deputados, poderá existir quem seja útil, apenas para fazer coro.
Uma coisa sei, a questão monetária interessa, mas não é tão determinante como se diz.
Penso, também, que a actual alteração ao Estatuto Político-Administrativo da Região, não tem justificação lógica, a nível do recrutamento, para um auto-aumento tão substancial, nesta classe.
Penso, também, que a actual alteração ao Estatuto Político-Administrativo da Região, não tem justificação lógica, a nível do recrutamento, para um auto-aumento tão substancial, nesta classe.
Numa das regiões mais pobres da Europa, tradicionalmente flagelada pelo recurso à emigração, como explicar aos reformados, aos desempregados, aos trabalhadores e pequenos empresários, tamanha disparidade?
Bastará estar atento aos comentários da sociedade civil, para sentir que esta proposta acentuou o divórcio entre eleitores e eleitos.
Percepcionando este sentimento, ou apenas numa atitude eleiçoeira digna de Maquiavel, o PSD puxou o tapete aos comensais da assembleia.
Como reacção, o PS e CDS insurgem-se contra a desfaçatez de Costa Neves, sem nunca defenderem, abertamente, a justiça desta proposta de auto-aumento.
Estará, portanto, aberta a revisão dos auto-aumentos e terá o PSD conseguido uma ligeira vantagem política, com a sua jogada de antecipação?
Talvez, mas um silêncio autista que dê seguimento à proposta corporativa, não é de excluir.
A ver vamos, como diz o cego.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Say yeah, yeah
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No próximo domingo, o secretariado regional do PS/Açores vai reunir, na ilha Terceira, para definir o calendário de escolha dos deputados socialistas às próximas eleições regionais.
A reunião, agendada para as 15h00, vai servir também para eleger a Comissão Permanente do partido.
Segundo o presidente do PS/Açores, Carlos César, o processo de escolha dos deputados para as eleições de Outubro deverá ficar concluído no final do Verão, altura em que “[irão] fechar as listas sem grandes precipitações".
A elaboração das listas de deputados por ilha é “um processo dividido em duas fases, em que serão ouvidas as estruturas partidárias e auscultadas várias personalidades que têm ajudado o presidente do PS/Açores”, explicou Carlos César.
O presidente do PS/Açores assegurou que não se pretende um mero apoiante do Governo Regional no parlamento, mas, sim, alguém com "capacidade para contribuir para a melhoria das políticas do Governo e que estabeleça uma ligação cúmplice com o eleitorado". (...)
In JornalDiario de 2008-05-21
In JornalDiario de 2008-05-21
Naturalmente, que haverá vários candidatos a candidatos a deputados pelo Pico. Mas, surpreendentemente, não se vêem artigos de opinião na imprensa local, regional, ou blogosfera.
Conhecemos jovens com propostas e ideias inovadoras, embora manifestadas, invariavelmente, sob o manto do anonimato.
A excepção parece ser a do sr deputado L Machado, algumas vezes aqui criticado, mas, reconhecemos, o único desta área partidária a dar a cara.
A que se deve tamanho acanhamento? Os Homens do Pico perderam a coragem?
A excepção parece ser a do sr deputado L Machado, algumas vezes aqui criticado, mas, reconhecemos, o único desta área partidária a dar a cara.
A que se deve tamanho acanhamento? Os Homens do Pico perderam a coragem?
O caso parece ser bem mais grave. Com o seu longo braço tentacular, distribuindo empregos e benesses, o aparelho regional asfixia a sociedade civil e castra o livre debate de opiniões.
Em consequência, Outubro trará outro governo maioritário, aparentemente forte, embora eleito com a indiferença e apatia de uma boa franja da sociedade picoense.
Estarei errado?
terça-feira, 20 de maio de 2008
Frutos
Pêssegos, pêras, laranjas, 
morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música de meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas:
tangerina, tangerina.

morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música de meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas:
tangerina, tangerina.
Foto retirada da net
Eugénio de Andrade (1932-2005)
Eugénio de Andrade foi o pseudónimo de José Fontinhas Rato, poeta português, que nasceu a 19 de Janeiro de 1932 no Fundão.
Apesar do seu enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas raras aparições públicas com "essa debilidade do coração que é a amizade".
In Wikipédia.
domingo, 18 de maio de 2008
Desejamos trazer mais visitantes à montanha do Pico?

Todas as ilhas dos Açores estiveram representadas com dois alunos e um professor acompanhante.

E fiquei a pensar se, com voos da TAP bem programados, não seria possível trazer muitos visitantes ao ponto que é, afinal, o tecto de Portugal.
Talvez fosse necessário instalar um teleférico, à semelhança do que acontece na zona protegida da Serra da Estrela. Claro, que a sua localização ocorreria de maneira a não haver grande impacto no meio ambiente.

Além de transportar os visitantes – nestas condições, quem viria aos Açores sem subir o Pico – o teleférico contribuiria para a limpeza do ambiente e facilitaria a monitorização e o estudo deste ecossistema de altitude.

Sabemos que uma viragem acentuada para o turismo trará consequências negativas, não escondemos.
Contudo, a manter-se o actual estado de sub aproveitamento turístico, que mais poderemos esperar, além de pobreza, emigração e envelhecimento da nossa população?
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Sejamos coerentes: A Secretaria Regional da Habitação e Equipamentos irá para o Corvo?
Após o puxão de orelhas de http://zirigunfo.blogspot.com/, bem dado, admitidos, pois os créditos das fotos devem ser respeitados, não resistimos e espreitámos o blog. De muito boa qualidade, acrescente-se.
E, pasmámos com uma informação - fidedigna, não duvidamos - que nos levou a questionar? A Secretaria Regional da Educação não só terá de estar sedeada na Terceira, como a pasta terá de ser exercida por uma mulher? E esta terá de ser independente? E terá, também, de ser terceirense? Já ouvimos noutros locais.
Bem, só nos apeteceu perguntar, que nome, politicamente correcto, deverá ter? Uma Silva, ou uma Santos? Talvez uma Oliveira ou Sousa, nomes muito representativos da nossa região.
Esperem, e por que não um nome representativo das minorias, pois, afinal todos merecem estar representados.
Isto tudo a propósito da localização das Secretarias Regionais. A da Economia será em Ponta Delgada, é lógico. A economia do arquipélago tem o seu pólo em PD.
Assim como, fará sentido localizar a Secretaria do Ambiente no Pico, devido à dimensão e qualidade da sua área classificada. E também por o Pico ter o mesmo peso político que o Faial, juntamente com as razões que já mencionei noutros posts.
A não ser que, por teimosia, isto não aconteça e, então, por uma questão de coerência localize-se a Secretaria Regional da Habitação e Equipamentos no Corvo
E, pasmámos com uma informação - fidedigna, não duvidamos - que nos levou a questionar? A Secretaria Regional da Educação não só terá de estar sedeada na Terceira, como a pasta terá de ser exercida por uma mulher? E esta terá de ser independente? E terá, também, de ser terceirense? Já ouvimos noutros locais.
Bem, só nos apeteceu perguntar, que nome, politicamente correcto, deverá ter? Uma Silva, ou uma Santos? Talvez uma Oliveira ou Sousa, nomes muito representativos da nossa região.
Esperem, e por que não um nome representativo das minorias, pois, afinal todos merecem estar representados.
Isto tudo a propósito da localização das Secretarias Regionais. A da Economia será em Ponta Delgada, é lógico. A economia do arquipélago tem o seu pólo em PD.
Assim como, fará sentido localizar a Secretaria do Ambiente no Pico, devido à dimensão e qualidade da sua área classificada. E também por o Pico ter o mesmo peso político que o Faial, juntamente com as razões que já mencionei noutros posts.
A não ser que, por teimosia, isto não aconteça e, então, por uma questão de coerência localize-se a Secretaria Regional da Habitação e Equipamentos no Corvo
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Necessitamos de maior debate de opiniões no Pico (2)

http://www.cduacores.net/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
Ernesto Rodrigues aceitou o convite de Aníbal Pires porque “o governo é tão arquipotente e tudo roda em torno das mesmas pessoas. É preciso que haja alguém com coragem e com cor politica diferente para enfrentar toda a politica que acaba por ser demagógica".
“Faz falta vozes diferentes para levarem á agenda regional as questões que afectam as ilhas que estão fora dos ex. Distritos” opinou.
In http://www.picoazores.com/noticias/noticia.php?noticia=4624
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Quem nos esclarece: As passagens aéreas estão mais baratas 15%, ou mais caras 12%?

(...)Vejamos em que medida os tarifários aplicados nos transportes foram fundamentais no desenvolvimento dessas políticas:
- No tráfego aéreo territorial, também a preços constantes de 2007, entre 1996 e 2006, os decréscimos foram em média superiores a 2,5% ao ano e se, para o mesmo período, contabilizarmos tarifas mais taxas, incluindo a taxa de combustível, já que o que importa ao utente do serviço de transporte aéreo é o total a pagar, ainda assim o decréscimo médio anual continua a ser superior a 1,5%.
L. Machado In Plano para 2008,

Foto retirada de http://zirigunfo.blogspot.com
PSD/A denuncia : Passagens aéreas subiram 12%
O PSD/Açores denunciou ontem que as tarifas aéreas entre os Açores e o continente aumentaram mais de 12 por cento nos últimos dois anos, quando, no mesmo período, o preço das passagens entre Lisboa e dez destinos europeus sofreu uma redução no mesmo valor.
(...) Jorge Macedo acrescentou que utilizar o argumento do preço do petróleo para justificar o aumento do preço das passagens aéreas é uma "falácia", dado que, de acordo com o boletim trimestral do Banco de Portugal, em 2007, o preço médio do barril de petróleo, negociado em euros, aumentou apenas 0,4 por cento, e entre 2006 e 2007 o referido aumento foi de 1,5 por cento, segundo a direcção geral de Energia.
Claro que não estamos a duvidar da “habilidade” para a matemática de nenhum dos nossos representantes, que se querem sérios.
Contudo, ao confrontarmos estes truques com as recentes lamentações de Sua Excelência, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sobre o desinteresse da juventude pela política, só nos apetece dizer: os jovens de hoje estão mais cultos e informados que os da geração de 70.
E, como tal, não se deixam arrebanhar por personagens que teimam em nos (se) governar com base na “chico espertice” dos trocadilhos.
Necessitamos de maior debate de opiniões no Pico
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Pensamos até que o trabalho da Assembleia deveria ter uma maior visibilidade e que o saudável debate de opiniões deveria transbordar para fora do parlamento, envolvendo toda a sociedade civil. Ou seja, que este não se deveria esgotar nas folclóricas campanhas eleitorais mas, à semelhança das telenovelas e do futebol, ser parte do quotidiano.
Assim, destacamos um pequeno excerto, que descortinámos a muito custo, do mote que pretendemos imprimir.
Assim, destacamos um pequeno excerto, que descortinámos a muito custo, do mote que pretendemos imprimir.

O deputado picaroto Lizuarte Machado informou que “não havia compromissos eleitorais para a construção do posto médico”. O que havia era o “compromisso para a construção do edifício da segurança social da Piedade”, depois chamado de polivalente, porque iria englobar varias instituições.
Intervindo sobre este assunto o secretario dos assuntos sociais informou que “não faz parte do programa do governo, o que vão fazer é como existe um terreno para a segurança social irão depois disponibilizar um espaço dedicado à saúde como existe nas casas do povo”.
In http://www.picoazores.com/noticias/noticia.php?noticia=4613
domingo, 11 de maio de 2008
Foi desta...

Esta sexta feira foi lançada no concelho das Lajes do Pico a primeira pedra para a construção do lar de idosos.
A obra que será realizada dentro de um ano e meio, conta com a parceria do Governo Regional e da Santa Casa da Misericórdia das Lajes e terá um custo aproximado de 1,5 milhões de euros com capacidade para 24 idosos. Segundo Domingos Cunha, secretário regional dos Assuntos Sociais, o lar de idosos das Lajes do Pico vem na sequência do governo de apoiar os idosos sempre como “politica de proximidade”.
In Picoazores
A recuperação da casa destinada aos Serviços Sociais ficará para a campanha de 2012?
Etiquetas:
"Melhor rede de apoio social do País..."
sábado, 10 de maio de 2008
Velhas

Tua avó foi à lição:
“Fá-lo é verbo, falo, não
– É substantivo comum.
Mas, se levar o pronome,
Falo fica, em vez de nome,
Verbo como qualquer um.”
Falo fica, em vez de nome,
Verbo como qualquer um.”
Tua avó bem aprendeu
E a teu avô ensinou:
“No quinhão que Deus te deu
Só o verbo te calhou.”
E a teu avô ensinou:
“No quinhão que Deus te deu
Só o verbo te calhou.”
O voto
Uma velhinha sem jeito
Fala mal de tudo a eito,
E não queria votar.
Para fugir ao dever
A velha foi-se esconder
Numa furna à beira-mar.
A velha foi-se esconder
Numa furna à beira-mar.
Tanto o velho procurou
Que deu com ela na furna,
Mas a velha até gostou
De pôr o voto na urna.
As velhas, os bailinhos e danças de espada do Carnaval, juntamente com as touradas à corda, constituem particularidades da cultura terceirense.
As velhas, dizem os entendidos, foram herdadas das trovadorescas cantigas de escárnio e mal-dizer. E como tal, a brejeirice está sempre presente.
Mas, como em tudo, quanto mais dissimulada, mais provoca o riso. Reparem na subtileza destas, escritas por Daniel de Sá.
Que deu com ela na furna,
Mas a velha até gostou
De pôr o voto na urna.
As velhas, os bailinhos e danças de espada do Carnaval, juntamente com as touradas à corda, constituem particularidades da cultura terceirense.
As velhas, dizem os entendidos, foram herdadas das trovadorescas cantigas de escárnio e mal-dizer. E como tal, a brejeirice está sempre presente.
Mas, como em tudo, quanto mais dissimulada, mais provoca o riso. Reparem na subtileza destas, escritas por Daniel de Sá.
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A saúde no pico, segundo L Machado

No Pico os equipamentos e serviços existentes apresentam todos parâmetros de excelência idênticos às demais ilhas da Região, e daquela que é a melhor rede de apoio social do País. É também assim, defendendo direitos sociais fundamentais, que se luta contra a pobreza e se promove a coesão social. Que diferença, que diferença!(...)
Naturalmente a Unidade de Saúde da Ilha do Pico depara-se com os problemas normais inerentes ao seu crescimento porém, como a saúde é um direito social fundamental, ser-lhe-ão a cada momento atribuídos os meios financeiros necessários à concretização do seu Plano de Actividades.

Os nossos reparos:
1- Comparar a saúde actual com a do tempo de Mota Amaral, parece-me despropositado e demagógico. Se o hábito pega, passaremos a fazer comparações com a saúde no tempo de Salazar, da monarquia, ou talvez de Afonso Henriques.
Então, assaltou-nos uma preocupação: quem está no poder há doze anos, por que raio necessita de fazer comparações com a tecnologia, o know how e os recursos de há mais de uma década?
2- Sobre “Os equipamentos e serviços existentes apresentam todos parâmetros de excelência idênticos às demais ilhas da Região”. Perguntamos: Estão a comparar-nos com as ilhas de coesão, das quais disseram-nos não fazermos parte. Ou com a saúde em S. Miguel, Terceira ou Faial? Descemos de divisão e não demos por isso?
Atenção: Uma vez que César nos prometeu um bloco de partos, não teremos aqui uma oportunidade única de melhorar substancialmente o nível de saúde no Pico? Pois sabemos que um bloco de partos necessita de um bloco operatório e de outras valências que, ao serem rentabilizadas, beneficiarão em muito a nossa população. Por que não se insiste no cumprimento da promessa?
3- Sobre a atitude demonstrada no último parágrafo, escrevi há tempos o seguinte: “Perante esta situação, surgem duas atitudes distintas. Uma, a dos deputados da maioria, dando a entender que tudo está bem. Que os nossos problemas foram previamente detectados pelo governo e que também serão, a seu tempo, solucionados pelo mesmo. Mas, então, pergunta-se, qual a utilidade destes “intermediários”? Serão estes elementos dispensáveis, ou mesmo substituíveis, pelos gabinetes de imprensa do poder? Não deveriam os deputados levantar questões, mover influências e ser, por vezes, inconvenientes?”
Pouco mais tenho a acrescentar, a não ser que, dada a propositada indefinição das valências e os meios financeiros a atribuir à Unidade de Saúde da Ilha do Pico, pensar que estas serão determinadas à medida que forem exigidas. Se, enventualmente, forem...
Então, por que não arregaçamos já as mangas e lutamos pelos nossos direitos?
terça-feira, 6 de maio de 2008
A saúde no Pico, segundo a participação cívica de J G Ávila

No Pico um doente dirigiu-se, há dias, a um centro de saúde, para ser observado devido a insuficiência cardíaca. O médico mandou-o para casa e alegou não haver na Horta cardiologista disponível. O paciente não melhorou, telefonou a um cardiologista do Hospital de Angra que o aconselhou a seguir para a Terceira. Lá foi, a expensas suas, e dada a gravidade da doença, foi enviado de urgência para Lisboa para intervenção cardíaca.
Dezenas e dezenas de pessoas residentes no Pico passam diariamente o Canal Pico-Faial para exames e consultas médicas no Hospital da Horta. Custeiam os transportes intra e inter ilhas, perdem horas a fio, dias de trabalho e, por vezes, não ficam despachadas no próprio dia.
A saúde no Pico, segundo o PP

(...) está, neste momento, suspenso o contrato com o especialista que vinha ao Pico prestar serviço na realização de ecografias e mamografias”.
O militante do partido popular lembrou que “o mamógrafo existente na ilha do Pico foi oferecido por gente que, junto das nossas comunidades emigrantes nos Estados Unidos da América e Canadá, muito se empenharam para que as verbas para a aquisição do equipamento fossem conseguidas e que o mamógrafo fosse oferecido aos serviços de saúde da nossa ilha”, a Comissão Política do CDS-PP da Ilha do Pico não aceita que a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais apenas disponibilize uma verba para a USIP de cerca de 10% das suas necessidades”.
Manuel Eleutério Serpa afirmou que “quem precisar de fazer ecografias ou mamografias na Ilha do Pico só tem duas soluções: ou tem dinheiro e procura as clínicas privadas com equipamentos para o efeito ou arranja maneira de sair da ilha e ir-se tratar a outra ilha ou para o Continente”.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Morrer como a cotovia sedenta
na miragem
Ou como a codorniz
passado o mar
nas primeiras moitas
porque de voar
não tem vontade
Mas não viver queixoso
como um pintassilgo cego
Giuseppe Ungaretti (1888-1970)
Ao ler este poema lembrei-me do João, porque penso que traduz a coragem com que ele enfrentava os desafios.
na miragem
Ou como a codorniz
passado o mar
nas primeiras moitas
porque de voar
não tem vontade
Mas não viver queixoso
como um pintassilgo cego
Giuseppe Ungaretti (1888-1970)
Ao ler este poema lembrei-me do João, porque penso que traduz a coragem com que ele enfrentava os desafios.
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